O ex-jogador uruguaio Pedro Rocha, ídolo da seleção de seu país e do São Paulo, morreu na noite de segunda-feira em consequência de uma doença degenerativa um dia antes de completar 71 anos, informou hoje sua família e o clube paulista.
Pedro Rocha morreu em casa, em São Paulo, após conviver durante cinco anos com uma atrofia no mesencéfalo, enfermidade que afetou sua fala e sua capacidade de locomoção nos últimos meses.
O meia foi o único uruguaio que disputou quatro mundiais (Chile 62, Inglaterra 66, México 70 e Alemanha 74) e para muitos é considerado o melhor jogador na história de seu país.
No Peñarol, clube pelo qual marcou 81 gols, Pedro Rocha conquistou oito títulos nacionais, três Taças Libertadores e dois Mundiais.
No São Paulo, clube que defendeu entre 1971 e 1977, Pedro Rocha disputou 393 partidas oficiais e fez 119 gols. No tricolor, o meia ganhou dois campeonatos estaduais e o Brasileiro de 1977.
Pedro Rocha também defendeu a camisa do Coritiba, Palmeiras e do Bangu. Após sua aposentadoria, em 1980, quando atuava pelo saudita Al-Nassr, o uruguaio decidiu se radicar no Brasil, onde dirigiu 17 clubes, entre eles Internacional, Coritiba, Portuguesa e Guarani.
A última equipe que Pedro Rocha treinou foi o clube mineiro Uberaba. Em 2009, o ex-jogador largou a carreira de técnico em função de sua doença.
Por meio de um comunicado, o São Paulo lamentou a morte de seu ídolo: “Um dos maiores nomes da história do Tricolor, o ex-meio-campista completaria 71 anos de idade nesta terça-feira. A mágica e a mística de Pedro Rocha estarão para sempre nas páginas de ouro da trajetória do São Paulo Futebol Clube, que se solidariza com a família, amigos e admiradores deste notável gênio da bola neste momento de dor e saudade”.