O Ministro de Educação, Cultura e Esporte da Espanha, Jose Ignacio
Wert, opinou sobre o caso apresentado pelo Fisco do país, que acusa o jogador
Lionel Messi de uma dívida de cerca de R$ 11 milhões, contraída entre os anos
de 2007 e 2009. O político defende que haja uma investigação no caso, sem
parcialidade, devido à fama do futebolista, segundo informações que o site
espanhol RTVE divulga nesta quinta-feira (13).
“A lei é igual para todos, inclusive para o número 1”,
relatou Wert.
O staff do atleta bate o pé e defende que não houve qualquer
irregularidade.
O ministro respondeu se o ocorrido pode afetar até a imagem
do esporte espanhol e foi enfático ao separar o “plano esportivo” das condutas
individuais dos atletas que, neste caso, são contribuintes. Segundo ele, o
assunto tem que ser resolvido “com as pessoas, não com o esporte ou com a
atividade esportiva”.
“Tenhamos paciência e esperemos o que a investigação irá mostrar.
Temos que partir sempre da ideia da inocência neste caso, como em todos os
demais”, lembrou, ressaltando o dever do Estado de Direito se sustentar nas
garantias da pessoa.
Com o mesmo pensamento, o porta-voz da CiU (coligação de
partidos de direita da Catalunha), Josep Antoni Duran, não opinou sobre o caso,
porque o mesmo ainda não foi abalizado por nenhum juiz, mas se houver irregularidades,
ele será julgado “chamando-se Messi, chamando-se Ronaldo ou tendo qualquer
outro nome”, respeitando a presunção de inocência.
Linha de raciocínio diferente, porém, pode ser vista em
Gaspar Llamazares, deputado do IU (partido esquerdista), que defende que, para
determinados cidadãos, a luta contra a fraude fiscal tem que ser exemplar e que
não tratem o assunto de Messi de forma apenas midiática.
