Um dia depois do anúncio de novo adiamento para o início das obras do novo estádio do Corinthians, em Itaquera, o Ministro do Esporte, Orlando Silva, não economizou nas cobranças a São Paulo – e ao clube: “Em dez das 12 sedes da Copa as obras já estão em andamento. Além de São Paulo, só Natal ainda não começou, mas isso acontecerá em maio. Por isso temos grande expectativa para que São Paulo possa apertar o passo, andar mais rápido, para dessa maneira se qualificar para receber a abertura”.
O atraso deve interferir, inclusive, em outro evento relacionado ao evento: a Copa das Confederações de 2013, evento-teste para o Mundial. Apesar da (irônica) sugestão do diretor de Marketing do clube do Parque São Jorge, de se utilizar o estádio do Morumbi, em sua opinião, caso a Arena do Corinthians não esteja pronta, a solução será não realizar jogos na capital paulista: “o mais adequado é não usar outro estádio em São Paulo. Se o estádio do Corinthians não ficar pronto até a Copa das Confederações, defendo que São Paulo fique fora da Copa das Confederações”.
As declarações, dadas na saída de seminário sobre a Copa 2014 que aconteceu na Assembleia Legislativa de São Paulo nesta sexta-feira, indicam que a fala do prefeito de SP, Gilberto Kassab, de que se o estádio não sair do papel, a cidade ficará fora da Copa, é verdadeira.
Entretanto, a ausência do estádio na Copa das Confederações não significa que ele não realize a abertura. Na África do Sul, o Soccer City sequer havia sido concluído durante o evento, que, tradicionalmente, é realizado um ano antes. A FIFA, por sinal, não interfere nos locais, que são definidos pelo país-sede. O Brasil irá fazer as indicações até o meio do ano.