Palco de três jogos da Copa das Confederações em 2013 e de seis da Copa do Mundo de 2014, o estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, vem passando nos últimos dias pelos retoques finais em sua reforma visando os dois torneios, faltando pouco mais de duas semanas para a cerimônia de entrega das obras, marcada para o próximo dia 21.
Cerca de 1,5 mil operários encarregados de finalizar a obra realizaram nesta segunda-feira trabalhos de soldadura, acabamento das arquibancadas e pintaram com tinta preta as bordas dos dois telões, de 98 metros quadrados, que foram instaladas no local.
Com uma capacidade de 62.170 espectadores, o Mineirão será um dos principais estádios do Mundial e da Copa das Confederações, na qual sediará três partidas, entre elas uma semifinal.
Toda a obra de engenharia já está concluída, e os assentos brancos e cinzas, que desenham um mosaico, já estão preparados para o jogo de reabertura, um clássico entre Atlético-MG e Cruzeiro, previsto para o dia 2 de fevereiro.
Os vestiários também estão prontos, incluindo uma banheira e um espaço de aquecimento dos jogadores com grama artificial, enquanto as salas de imprensa, já com carpete no chão, recebeu retoques na pintura antes da instalação das cadeiras.
O diretor-executivo do Minas Arena, o consórcio encarregado das obras, Ricardo Barra, lembrou nesta segunda-feira que se manteve a estrutura original das arquibancadas superiores do Mineirão, de 1963, enquanto a parte inferior foi construída do zero.
A fachada do estádio, próximo à Lagoa da Pampulha, também foi preservada, já que é considerada patrimônio histórico nacional.
“Trabalhar em um estádio já feito foi um desafio”, afirmou Barra, que detalhou algumas tarefas que ainda faltam, como diminuir a altura da cobertura dos bancos para que esta não dificulte a visão da primeira fila, como ocorre atualmente.
A reforma do estádio, que custou R$ 654 milhões, incluiu a construção de um cobertura para proteger todos os assentos da chuva. O estádio será o segundo entre os que sediarão a Copa a ficar pronto, atrás apenas do Castelão, em Fortaleza, que será entregue no próximo dia 16.
O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, revelou nesta segunda-feira que sua maior preocupação quanto à organização do Mundial é o ritmo das obras de ampliação do aeroporto de Confins, que, como ele mesmo lembrou, dependem do Governo federal.