Comparado por inúmeros torcedores e ícones do futebol a Diego Maradona, o atacante Lionel Messi tentará neste ano, na África do Sul, repetir o feito do eterno camisa 10 da seleção argentina: vencer a Copa do Mundo.
Não são poucos aqueles que acreditam que Maradona conduziu sozinho a Argentina ao título em 1986, quando a equipe não contava com outros grandes astros.
Já em 2010, como no ano anterior, Messi vem brilhando de tal forma no Barcelona que muitos credenciam o conjunto argentino como favorito ao título mundial, e apostam que o atacante do time catalão está em condições de desequilibrar da mesma forma que Maradona.
Mas para o grande protagonista da primeira Copa conquistada pela Argentina, Messi, por si só, não será capaz de decidir o Mundial a favor dos “hermanos”.
O ex-jogador Mario Kempes, artilheiro da edição de 1978, afirmou hoje em entrevista à Agência Efe que a Argentina só poderá fazer um bom papel na competição se os companheiros ajudarem o atacante do Barça.
“Sozinho, ele não vai chutar, bater escanteio e cabecear. Uma seleção é feita de um grupo de jogadores. Qualquer equipe precisa de espírito de grupo, e Maradona (agora treinador da Argentina) terá que trabalhar nisso”, disse Kempes.
“O que Messi está fazendo agora pelo Barcelona é muito importante, muito bom. Ele ganhou tudo com o clube, e agora só falta a conquista da sobremesa, que é o Mundial”, explicou.
Sobre a possibilidade de algum jogador conseguir marcar a estrela do Barça, o ex-atacante de River Plate e Valencia, entre outras equipes, lembrou que Messi “é um ser humano, um jogador de futebol” e “qualquer um pode fazer sombra ou mesmo pará-lo”.
Kempes também opinou sobre outras seleções. Para o ex-jogador, a Espanha “montou uma boa seleção, com um estilo de jogo muito dinâmico”, o que a transforma em candidata ao título.
Os atletas espanhóis, segundo o ex-jogador, “têm fome de Copa”, já que a “Fúria” teve “boas seleções, mas nunca ganhou nada” em uma competição desse nível.
Entre as equipes que podem surpreender neste ano, Kempes elogiou a anfitriã da competição. O argentino acredita que “é possível esperar qualquer coisa” dos jogadores sul-africanos, e disse estar convencido de que o futebol da África “algum dia irá explodir”.