<p>Pobre torcedor carioca, que encarou a dificuldade de acesso do Engenhão e os altos preços de ingressos com as imagens do Brasil x Chile de domingo passado na cabeça. Saiu com um 0 a 0 caro, chato e irreconhecível contra a Bolívia.</p>
<p> </p>
<p>Na noite de quarta, a seleção de Dunga não repetiu absolutamente nada da velocidade e do início de entrosamento entre Robinho e Luis Fabiano e, na sua primeira partida no estádio inaugurado para o Pan-2007, a equipe deixou o campo com vaias.</p>
<p> </p>
<p>É verdade que o time comandado por Erwin Sánchez se armou muito bem na retranca, com muito menos coragem que a apresentada pela seleção chilena naqueles 3 a 0 de domingo. Mas a escassez de jogadas do primeiro tempo e o susto que o Brasil passou em duas conclusões seguidas (a primeira de García, defendida por Julio Cesar, e o rebote de Hoyos, muito perto da trave) deixaram a torcida impaciente. </p>
<p> </p>
<p>O segundo tempo começou com a expulsão de Ignacio García, que deu um carrinho em Robinho aos 6min. Aí, Dunga tirou o volante Lucas e colocou Júlio Baptista, uma alteração que não animou muito a galera. Mas foi com ele que o Brasil conseguiu sua primeira jogada de perigo, que terminou num cruzamento de Juan para a cabeçada fora de Ronaldinho, quando a galera gritava "Adeus, Dunga".</p>
<p> </p>
<p>De fato, Júlio Baptista melhorou a equipe, que tirou o goleiro boliviano Arias do marasmo dos primeiros 45 minutos. Mas quem foi ao Engenhão com certeza ficou pensando se não teria sido melhor economizar a grana e ver pela TV.</p>
<p> </p>
<p>Imprensada em sua defesa, a equipe boliviana ia curtindo um heróico 0 a 0. Nem as entradas de Elano e Nilmar , nas vagas de Ronaldinho e Diego, insinuaram uma mudança no panorama. Nos descontos, uma bola alçada na área foi cabeceada por Júlio Baptista e passou perto da trave de Arias. Inútil.</p>
<p> </p>
<p>Nada mal para os lanternas da competição sul-americana, mas uma situação cada vez mais difícil para Dunga. O próximo adversário do Brasil pelas eliminatórias é a Venezuela, dia 12 de outubro, e depois no dia 15, é a vez de voltar ao Rio, no Maracanã, para enfrentar a Colômbia.</p>
<p> </p>
<p>E uma forte possibilidade de novas vaias cariocas.</p>
<p> </p>
<p> </p>
<p> </p>
<p> </p>
NOTÍCIA ANTERIOR:
Impaciente, torcida carioca pede até Obina
PRÓXIMA NOTÍCIA:
No Real Madrid, jogadores só farão tatuagem com permissão