Em entrevista concedida ao site oficial da Fifa, o volante argentino Javier Mascherano abriu o jogo e disse tudo sobre a Copa de 2010. Ao contrário da maioria dos jogadores e treinadores, o atleta do Liverpool minimizou um suposto favoritismo de Espanha e Brasil, e colocou a Argentina na “briga”.
“Poderia dizer que a Espanha e o Brasil estão um passo à frente dos demais, já que conquistaram títulos nos últimos dois anos. No entanto, a experiência me diz que vence a Copa do Mundo quem é mais regular e não necessariamente quem brilha mais”, observou.
Mascherano usa como exemplo os últimos campeões mundiais para provar que favoritismo não ganha Copa do Mundo.
“A Itália não chamou a atenção em 2006, o Brasil teve momentos de incerteza em 2002 e a França precisou de um gol de ouro contra o Paraguai em 1998. Precisamos esperar para ver o que vai acontecer”, completou.
Destaque da seleção de Maradona, Mascherano sempre foi um dos mais elogiados pelo treinados, que chegou a dizer que o seu time é o “volante e mais dez”. Porém, isso não tira o foco do atleta.
“O lógico seria dizer que isso não mudaria nada para mim, mas ser o capitão da seleção é um orgulho enorme. Mas é também um grande desafio. De qualquer modo, acho que estou preparado, pois já joguei um Mundial e hoje estou muito mais maduro”, comentou.
Presente na Copa do Mundo de 2006, o volante garante que agora, por tem mais experiência internacional, poderá render muito mais a equipe da Argentina.
“Há quatro anos eu ainda atuava na América do Sul e nunca havia encarado um Drogba ou um Ballack. Agora passo todos os finais de semana enfrentando os melhores do mundo e isso me dá mais confiança para entrar em campo no Mundial e saber o que fazer”, admitiu Mascherano.
Outro tema destacado por Mascherano foi a pífia campanha da Argentina durante as eliminatória para a Copa de 2010. O volante aproveitou para defender Lionel Messi, m dos jogadores mais criticados durante as partidas da seleção.
“Nenhum de nós jogou o que poderia durante as eliminatórias, mas as críticas recaíram sobre o Messi porque a expectativa estava nele. Isso não é justo, pois as críticas deveriam ser endereçadas a 18 ou 20 jogadores. Vi grandes partidas do Messi, principalmente na Copa América e Jogos Olímpicos”, finalizou.