Maradona participou do programa Hablemos de Fútbol, da ESPN argentina, que foi ao ar na noite dessa terça-feira (27), e revelou ainda querer dirigir o selecionado (quer sua “desforra”), além de se sentir traído por seu antigo auxiliar, Alejandro Mancuso (o mesmo que, quando jogador, passou por Flamengo e Palmeiras).

“Eu fui traído. Acreditava que os jogadores teriam outra reação e me bancariam no cargo, pensava que eles fossem me resgatar, mas nunca tive uma resposta”, disse, referindo-se ao tempo que comandou os albicelestes, de 2008 até a Copa do Mundo de 2010, quando a Argentina foi eliminada nas quartas de final (derrota de 4 a 0 para a Alemanha).

“Mas também não foi culpa deles. Eu também sou culpado por ter defendido alguém que acreditei que era meu amigo e que me traiu”, continuou, agora fazendo alusão a Mancuso.

Depois, direcionou suas críticas ao comando da Federação Argentina de Futebol, mais precisamente ao presidente Júlio Grondona e ao gerente Carlos Bilardo.

“Desde o Mundial de 2010 que não vejo os jogos da seleção. Não é que tenha perdido o amor pelo meu país ou pela camisa, mas apenas porque não acredito nas pessoas que conduzem os destinos da seleção. Vamos deixar de ouvir falar de Júlio Grondona, Carlos Bilardo e outros, mas eu vou continuar. Vou ter a minha desforra na seleção”, afirmou El Pibe.

Para ele, o time não está sendo bem preparado para disputar a Copa 2014 e, muito menos, para o futuro.

“Aos dirigentes da Argentina interessa mais fazer uns jogos no Dubai, onde recebem fortunas, do que treinarem ou prepararem-se para ganhar o Mundial. E não há apoio nenhum aos jovens jogadores. Por exemplo, nas camadas jovens da seleção temos o Humberto Grondona (filho de Júlio Grondona), que se você lhe passar uma bola, ele tropeça…”, lembrou, sempre polêmico.


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Maradona dispara críticas à AFA e diz ter sido traído por Mancuso