O ex-jogador e superstar da NBA, Magic Johnson, que abandonou o basquete no meio dos anos 90 após ter descoberto ter contraído o HIV, o vírus da AIDS, falou, em entrevista que hoje, não teria abandonado o esporte.
À época com 31 anos, em 1991, ele estava no auge da carreira e se afastou para tratar da doença: “Decidi me retirar para não ferir o jogo”, afirmou. Ele manifestou o temor de infectar outros atletas e foi alvo de severas críticas por conta disso.
Hoje, a ciência avançou tanto na prevenção quanto no tratamento – ainda não há cura, mas há controle. Johnson, considerado um dos gênios do basquete, argumentou que, hoje seria possível continuar a carreira: “Com o que se sabe hoje, não teria parado, mas não se sabia. Então só restou fazer o que foi feito”, resignou-se.
Em 1992, nos Jogos Olímpicos de Barcelona, o famoso Dream Team, ele viveu o último grande momento de sua carreira, voltando da aposentadoria para conquistar a medalha de ouro ao lado de outras lendas, como Michael Jordan, Larry Bird, Patrick Ewing e Charles Barkley, que formaram um elenco inesquecível. Depois disso, na temporada 1995/96, ele ainda voltou a jogar pelos Lakers, mas aos 36 anos e fora de ritmo, teve participação discreta.
O dia 7 de novembro marcará os 20 anos do anúncio da aposentadoria de Earvin Johnson Jr. que, mais do que seu desempenho em quadra, também marcou época como um ativista em prol da cura da AIDS e da melhora da qualidade de vida de seus infectados.