Explica isso aí melhor, Gleison!

Eu sei o que você tá imaginando: um lutador enorme esmagando indefesos vaga-lumes, batendo todos eles no liquidificador e depois tomando um suco fluorescente. Mas calma, não é nada disso. Gleison Tibau estava só se defendendo ironicamente de uma acusação de doping feita por um lutador canadense.

O pouquíssimo conhecido Andrew McInnes, lutador com apenas cinco lutas em seu cartel – e, diferente de Tibau, não é do UFC -, disparou contra o lutador brasileiro em entrevista ao site Bloody Elbow. Com a onda recente de flagrantes de doping, o canadense teceu um comentário um tanto maldoso contra Gleison: ““O único lutador que usa essas substâncias e tem uma carreira longa é o Gleison Tibau, mas é uma rara exceção. Ele está há bastante tempo no Ultimate e é claramente um dos atletas que usa drogas para aumento de performance. Eu posso te garantir: a urina dele brilha no escuro. Eu já estive em todas as academias do planeta e posso te garantir que ele é 100% dopado”.

Procurado pela revista TATAME, o peso-leve do UFC foi curto, grosso e irônico em sua resposta. “Minha urina brilha no escuro porque tomo suco de vaga-lume lá em Tibau (cidade onde nasceu, no Rio Grande do Norte)”.

A resposta mais extensa e mais séria veio por meio de sua assessoria de imprensa, em uma carta escrita pelo próprio lutador. Nela, ele afirma desconhecer esse tal de McInnes e ainda diz que ele tem mais testes anti-doping acumulados durantes seus anos de lutador do que o canadense tem de lutas em sua curta carreira.

Confira na íntegra a resposta certeira de nosso lutador:

“Na tarde desta quarta-feira, dia 11 de fevereiro, quando saía de mais um treino na American Top Team, fui surpreendido pela informação de que o lutador Andrew Mclnnes concedeu entrevista e direcionou para mim seu ponto de vista negativo sobre doping, me chamando de ‘bombado’ e garantindo que eu uso substâncias proibidas para melhorar minha performance dentro do octógono do UFC. Sou totalmente contra qualquer fator que beneficie atletas em seu rendimento. Para mim, apenas treino e habilidades devem ter influência no resultado final de uma luta.

Sinceramente, não o conheço. Meu desconhecimento sobre ele é de cunho pessoal e profissional, pois nunca assisti ou ouvi falar de suas lutas. Assim, fui checar na internet sobre ele, e vi que tem pouco tempo de carreira no MMA. Em toda minha vida como lutador, eu fiz mais exames antidoping pelo UFC do que ele tem de lutas profissionais. Tenho 15 anos de carreira, estou presente na história da maior organização de MMA do mundo como um dos lutadores que mais pisou no octógono, com 24 lutas só pelo evento. No total, são 43 lutas profissionais, e em nenhuma delas fui flagrado por doping ou fiquei acima do limite de peso da minha categoria – atualmente o peso leve (70,3kg).

Por tudo isso, lamento profundamente a declaração do Mclnnes e/ou de qualquer outra pessoa que insinue que pratico algo ilegal no esporte ou na vida. No mais, desejo ao atleta sucesso na carreira e na vida”.

 


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Lutador brasileiro rebate acusação de doping: 'Minha urina brilha no escuro porque tomo suco de vaga-lume'

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