Lucas e Maurício de Sousa apoiam o arroz vitaminado


Créditos: Gabriel Quintão

O meia Lucas está de férias do Paris Saint-Germain, após uma temporada de conquistas, e, em evento na zona oeste de São Paulo ao lado do cartunista Mauricio de Sousa (foto abaixo), fez questão de mostrar que está bem, tanto física quanto psicologicamente, quando questionado sobre sua não convocação entre os 23 que jogarão a Copa do Mundo.

Chamado pelo técnico Luiz Felipe Scolari para ser um dos sete suplentes imediatos para algum corte antes do torneio, o camisa 29 do time francês não escondeu o jogo e disse que tal status não é algo para se comemorar. Como o evento era para divulgar um novo tipo de arroz, que leva mais vitaminas e sais minerais do que o que conhecemos, Lucas tratou de deixar claro que “tem sustância” para jogar o Mundial, que está pronto caso precisem e esclareceu que não se arrepende de ter saído do São Paulo, já que uma permanência em seu clube formador não teria garantido uma vaga entre os principais jogadores escolhidos pelo treinador da Seleção.

“Fiquei feliz porque, querendo ou não, é um reconhecimento. Mas não me empolgou tanto assim, já que todo mundo sabe que são os 23 que vão pra Copa e ainda ele pode chamar qualquer outro (Felipão já deixou claro que não se sente obrigado a chamar os suplentes pré-definidos). A minha cabeça está nas minhas férias, aproveitando minha família, meus amigos. Mas se tiver oportunidade de ir pra lá (Copa), vou estar pronto como sempre estive”, disse.

 

O meia, que tem apenas 21 anos, mostra ter noção que sua trajetória no futebol está apenas começando, apesar do início muito bom na equipe são-paulina, em 2012. Prova disso é que esteve em seis das 10 convocações na nova Era Felipão, tendo feito parte do time campeão da Copa das Confederações no ano passado. Acabou ficando de fora dos últimos amistosos, mas até o último dia 7 deste mês ele ainda mantinha a fé.

“Eu tinha ainda um pouco de esperança, na hora da lista, na hora da convocação. Mas o meu pai sempre me ensinou que não só no futebol, mas na vida, a gente tem que estar preparado para tudo. Sou profissional e a gente sabe que o Felipão tinha muitas opções para escolher, se ele tivesse uma lista de 100 jogadores, iria ter 100 jogadores de qualidade. Ele tem que escolher só 23, então também é difícil para ele. Tenho que saber aceitar, que ser profissional nessa parte e olhar para frente. Sou jovem, tenho muita vida pela frente, muitas Copas ainda para poder disputar. Claro que fiquei chateado, fiquei triste sim, mas estou firme e forte. Uma das maiores qualidades que tenho é a minha cabeça. Já digeri, já parti pra outra e, graças a Deus, conquistei mais um título que foi o Campeonato Francês. É vida que segue”, respondeu Lucas, que após a chamada do técnico brasileiro postou uma mensagem melancólica no Instagram  (veja abaixo).

 

O jogador pensa que um regresso ao Brasil não faria bem à carreira que propôs a si, assim, descartou totalmente tal possibilidade. Porém, o torcedor são-paulino pode ter esperança em ver o seu antigo camisa 7 de volta. Em um futuro distante.

“Sobre retorno ao Brasil, isso não passa pela minha cabeça agora. Acabei de chegar na Europa, quero fazer a minha história lá, conseguir a minha carreira lá. Só depois de muito tempo voltar para o Brasil, voltar para o São Paulo, que é clube que eu amo. Estou bem e feliz lá”, explicou ele que venceu, além do Campeonato Francês, levantou também a Copa da Liga Francesa (foto abaixo).

 

Como o assunto chegou no clube em que Lucas apareceu para o futebol, a pergunta seguinte, inevitável, questionava se ele sentiria algum tipo de arrependimento. Como jogava sempre e estava em ótima fase quando saiu do Brasil, coisa que não se repetiu nos gramados franceses, a conversa na entrevista coletiva foi direcionada sobre um possível erro na escolha de mudar de continente tão cedo.

“Não, eu não me arrependo de maneira nenhuma. Até porque eu estou muito feliz lá, crescendo e evoluindo muito. Não só dentro de campo, mas fora também, é uma experiência maravilhosa morar em outro país, aprender uma cultura diferente. Também ninguém sabe se eu continuasse no São Paulo como é que eu estaria aqui, como é que o time estaria. O São Paulo, no ano passado, estava brigando para não cair. Eu não sou o salvador da pátria e um só jogador não faz a diferença, não salva o time. Ninguém saberia como é que eu iria estar. Não me arrependo”, concluiu.

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Lucas relata tristeza por ficar fora da Copa e que ser suplente ‘não empolga não’