<br> A polêmica da Copa de 1978 voltou à tona e ganhou novo capítulo nesta terça (4). Fernando Rodríguez Mondragón, filho de um dos chefões do narcotráfico, disse à rádio Caracol que o cartel de Cáli subornou a seleção peruana para ajudar a Argentina chegar à final da competição naquele ano. O colombiano ainda afirmou que foi oferecido três milhões de dólares para que Maradona fosse jogar no América de Cáli por seis meses, em operação que não chegou a ser concretizada.

Mondragón ainda contou que o cartel ajudou a pagar parte do contrato do técnico argentino Carlos Bilardo, que dirigiu no fim da década de 70 o clube Deportivo Cali e, no início dos anos 80, a seleção colombiana que buscava uma vaga para a Copa de 1982, disputada na Espanha. O valor foi de 300 mil dólares.

As denúncias aparecem no livro “El Hijo del Ajedrecista 2", que sairá nas próximas semanas e no qual Rodríguez revela a suposta ligação entre a máfia do narcotráfico com o esporte e a política. O autor já havia publicado o livro "El Hijo del Ajedrecista", com supostas lembranças do narcotráfico colombiano. Ele é filho de Gilberto Rodríguez Orejuela e sobrinho de Miguel Rodríguez Orejuela, chefões do cartel de Cáli presos nos Estados Unidos.

<b>Suborno causou eliminação do Brasil</b>

Mondragón contou que seu pai e tio apresentaram um valor não especificado em dinheiro para que o Peru entregasse o jogo para a Argentina, que acabou vencendo por 6 a 0. Com esse placar, os argentinos superaram o saldo de gols do Brasil e puderam jogar a final daquele Mundial contra a Holanda. O jogo acabou 3 a 1 para a Argentina na prorrogação.

“De primeira mão soubemos como foi a partida entre Argentina e Peru. Meu tio Miguel falou com um chefão do futebol mundial e lhe confessou sobre o dinheiro que houve para acertar esta partida para tirar o Brasil da final”, finalizou o filho do narcotraficante.

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<b>E agora?</b>: Colombiano confirma suborno da Copa de 1978

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