A Conferência de Presidentes das Principais Organizações Judaicas Americanas exigiu à WTA, responsável pelo circuito feminino de tênis, que exclua o torneio de Dubai do calendário de 2010 por ter barrado a entrada da tenista israelense Sharar Peer. Os Emirados Árabes Unidos, que não mantêm relações diplomáticas com Israel, impediram a jogadora de competir em Dubai ao negar seu visto de entrada por "razões de segurança".

 

"Levamos em conta o alto sentimento no Oriente Médio contra tudo o que Peer pode representar", disse um comunicado divulgado pela organização. "O que os Emirados Árabes fizeram é um sintoma de intolerância e racismo", afirmou a Conferência em nota, pedindo também à WTA e seus patrocinadores medidas mais severas. Os Emirados Árabes ainda não retificaram sua decisão, apesar dos protestos dos presidentes da WTA, Larry Scott, e da Federação Internacional de Tênis (ITF, em inglês), Francesco Ricci Bitti.

 

"Ações como esta lembram um passado que acreditávamos ter superado e não podem ser admitidas pela WTA ou por qualquer associação esportiva internacional. Como já aprendemos, permitir medidas assim e não puni-las prejudica a competição esportiva internacional", completa a nota. A rejeição ao visto de Peer viola as normas do WTA Tour, que estabelecem que qualquer jogador deve ter sua entrada permitida onde quiser, desde que tenha a pontuação necessária. Os Emirados Árabes se defenderam alegando que a torcida local teria boicotado o torneio caso Peer participasse, e que sua segurança estaria "comprometida". Porém, as organizações judaicas consideraram "falsa" esta desculpa: "Qualquer país que se sinta incapaz de garantir a segurança de todos os seus esportistas deveria abdicar de sediar um torneio".

A polêmica promete ganhar novo capítulo semana que vem, com a disputa da chave masculina. O israelense Andy Ram, número 11 do mundo em duplas, pediu visto para disputar o torneio e aguarda uma decisão. A Conferência pediu à WTA que atue "de forma decidida, para dissuadir outros de tomar medidas discriminatórias como esta", e sugeriu a Sony Ericsson e Barclays, patrocinadores do WTA Tour e do torneio de Dubai, que condicionem seu apoio a medidas punitivas.

 

O canal de televisão americano "Tennis Channel", que conta com os direitos de emissão do torneio de Dubai nos Estados Unidos, cancelou o evento de sua programação, enquanto a edição europeia do "The Wall Street Journal" retirou seu patrocínio.

 

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