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A FIFA, maior entidade do futebol, anunciou hoje, 30 de maio, que a medida que limita jogadores estrangeiros nos clubes foi aprovada. Segundo a &ldquo;6+5&rdquo;, que &eacute; como a regra est&aacute; sendo chamada, cada equipe dever&aacute; formar seu time titular com seis jogadores de nacionalidade do pr&oacute;prio clube, e ser&atilde;o permitidos, assim, apenas cinco atletas de outros pa&iacute;ses. &ldquo;Para mim, esta &eacute; uma grande bobagem da FIFA. Esta medida esbarra, logo de cara, em um dos preceitos da Uni&atilde;o Europ&eacute;ia (U.E.), que prev&ecirc; a livre circula&ccedil;&atilde;o de trabalhadores membros da comunidade&rdquo;, afirmou o jornalista Juca Kfouri, que n&atilde;o acredita que a &ldquo;6+5&rdquo; vingue. &ldquo;Toda vez que a FIFA quer bater de frente com U.E., desde o &lsquo;caso Bosman&rsquo;, em 1995, ela quebra a cara&rdquo;, comentou. Juca refere-se ao caso do jogador belga Jean-Marc Bosman, que envolveu-se anos atr&aacute;s em uma pol&ecirc;mica entre a FIFA, a UEFA e Uni&atilde;o Europ&eacute;ia. Devido a problemas contratuais e por determina&ccedil;&atilde;o das duas entidades do futebol, Bosman n&atilde;o pode assinar contrato com nenhum outro time depois que se desligou de seu clube formador. O jogador ficou desempregado e apelou para as esferas cab&iacute;veis a U.E., que no fim no caso, lhe deu a raz&atilde;o. Se a nova medida entrar em vigor, os clubes mais poderosos do mundo ter&atilde;o de se readaptar se quiserem continuar mantendo a hegemonia do futebol mundial. O Chelsea, por exemplo, hoje atua com apenas quatro ingleses em seu time titular: John Terry, Ashley Cole, Lampard e Joe Cole formam o esquadr&atilde;o londrino ao lado de africanos, alem&atilde;es, franceses e por a&iacute; vai. &quot;Ainda existir&atilde;o muitas discuss&otilde;es sobre a medida. Entretanto, se ela for aplicada, os times europeus v&atilde;o ter de investir muito mais pesado em suas categorias de base&rdquo;, explicou Marcelo Dijean, empres&aacute;rio de v&aacute;rios jogadores nacionais e representante do Lyon no Brasil. Para Dijean, a lei n&atilde;o &eacute; capaz de frear a crescente venda de novos talentos brasileiros para o exterior. &ldquo;Os atletas do Brasil continuar&atilde;o sendo os melhores e mais baratos. Quem dita o ritmo de venda de jogadores s&atilde;o os resultados da sele&ccedil;&atilde;o brasileira em competi&ccedil;&otilde;es internacionais, pois se ela vai bem, todos voltam os olhares para c&aacute;&rdquo;, comentou o empres&aacute;rio, que creditou a Copa de 94, nos EUA, o momento inicial dessa grande quantidade de negocia&ccedil;&otilde;es com o exterior. A &ldquo;6+5&rdquo; dever&aacute; ser colocada em pr&aacute;tica a partir da temporada 2012/2013, e tanto tempo para a implanta&ccedil;&atilde;o da regra tem uma explica&ccedil;&atilde;o. &ldquo; Os grandes do futebol europeu ter&atilde;o de repensar suas estruturas, e como a maioria dos contratos vigentes dos seus jogadores v&atilde;o at&eacute; essa data, a medida seria exercida em um momento em que os clubes j&aacute; possam n&atilde;o depender tanto de estrangeiros&rdquo;, concluiu. <b>LEIA MAIS</b> <a target="_blank" href="http://www.virgula.me/esporte/novo/nota.php?ID=25477">FIFA anuncia medida que limita estrangeiros nos clubes </a></p>


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Lei '6+5': assédio aos jogadores brasileiros irá continuar