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O técnico Emerson Leão deixou o comando do Santos nesta terça-feira. Apesar da boa campanha na Taça Libertadores – o time foi até as quartas-de-final da competição – o treinador pediu as contas. Leão vinha sendo criticado pela torcida e até por membros da diretoria santista e acumula, agora, mais uma saída polêmica de um clube brasileiro.

Desde 2004, quando deixou o comando do Santos, Leão vem colecionando mais fracassos e polêmicas do que títulos. Em 2005, deixou o São Paulo na condição de campeão paulista para dirigir o Vissel Kobe (JAP). Mas sua saída pegou muito mal – a equipe disputava a Taça Libertadores, que acabaria conquistando sob o comando de Paulo Autuori.

No mesmo ano, voltou ao Brasil a assumiu o comando do Palmeiras. Apesar do bom começo, a passagem de Leão ficou marcada pela “nota 5” dada pelo treinador ao elenco alviverde e por sua demissão após uma seqüência de maus resultados. Nos bastidores, dizia-se que a queda do treinador foi orquestrada pelos próprios jogadores.

No Corinthians, Leão tirou o time da zona de rebaixamento do Brasileirão 2006 e terminou na nona colocação. Mas no ano seguinte, a má campanha alvinegra no Paulistão fez a diretoria do clube demitir o treinador. Em sua passagem pelo Timão, Leão reclamou muito dos estrangeiros do elenco e chegou a tirar de Carlitos Tevez a faixa de capitão. O craque argentino e seu compatriota, o volante Mascherano, acabaram deixando o clube depois de Leão afirmar que não fazia questão da permanência dos atletas que não fossem brasileiros.

No Brasileiro-07, Leão assumiu o Atlético-MG. Sua boa campanha com o time – classificou-o para a Copa Sul-Americana depois de o Galo ter rondado a zona de rebaixamento – o credenciava a continuar em Belo Horizonte. Mas, irritado com os boatos de que o Atlético-MG negociava com Vanderlei Luxemburgo, Leão suspendeu as conversas de renovação e deixou o comando do time no final do ano.

Tão logo se desligou do Atlético-MG, o treinador acertou seu retorno ao Santos. Mas já no início de seu trabalho, Leão reclamou do elenco e da falta de iniciativa da diretoria em contratar jogadores. Não satisfeito, ainda desdenhou da chegada de reforços como o argentino Tripodí e o colombiano Molina – os dois se destacariam no decorrer da temporada. A eliminação da Taça Libertadores para o América-MEX e a goleada sofrida na última rodada (4 a 0 para o Cruzeiro) só ajudaram para que a saída de Leão, já esperada, se concretizasse.

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