<br>
A LDU, do Equador, é campeã da Taça Libertadores da América de 2008. Nesta quarta-feira, em pleno Maracanã, a equipe bateu o Fluminense nos pênaltis por 3 a 1 – mesmo resultado a favor do Flu no tempo normal.
O primeiro tempo começou da pior forma possível para o Fluminense: na primeira tentativa de ataque da LDU, o atacante Guerrón cruzou para Bolaños que, livre, abriu o placar no Maracanã. A torcida do Flu, até então entusiasmada, calou-se.
O susto, porém, não representava o que acontecia dentro de campo. Mesmo que desorganizado defensivamente, o Flu ia muito mais ao ataque do que seu adversário. Mesmo assim, o nervosismo atrapalhava a conclusão das jogadas.
Até que, aos 12, Thiago Neves driblou um marcador e, de fora da área, acertou belo chute no canto direito, empatando o jogo e voltando a deixar nos dois gols a diferença entre os dois times.
O gol deixou o Fluminense mais tranquilo. A LDU continuava com suas jogadas características: contra-ataque e bola para Guerrón e Bolãnos, mas nada que assustasse a torcida tricolor, que voltou a cantar como no início do jogo.
Thiago Neves, que até então não havia feito um jogo marcante na Taça Libertadores, virou a partida para o time da casa aos 27 minutos da primeira etapa, após cruzamento de Cícero. O primeiro tempo terminou com um gosto de superação para o Flu.
O Flu entrou no segundo tempo com uma modificação: a saída de Ygor para a entrada de Dodô – único jogador do banco de reservas a não comemorar o segundo gol tricolor, cena flagrada pelas câmeras de TV.
Mas foi o meia Thiago Neves quem, mais uma vez, deu alegria para a torcida. De pé esquerdo, ele cobrou falta no canto direito do gol da LDU e igualou o placar geral dos dois jogos: 3 a 1 e o Flu fazia sua lição de casa.
O restante do segundo tempo foi quase todo do Fluminense. Em três oportunidades, a equipe do técnico Renato Gaúcho quase fez o quarto gol, que lhe daria o título sem prorrogação ou pênaltis. Mas o Maracanã, que se emocionou contra o São Paulo e Boca Juniors, poderia aguardar por mais emoções.
Na prorrogação, os dois times tentaram fazer o gol que os deixariam muito próximos do título. Mas a melhor oportunidade foi de Guerrón, atacante da LDU, no último minuto da segunda etapa. O zagueiro Luiz Alberto fez falta antes do jogador entrar na área.
Nos pênaltis, desastre tricolor: Conca, Thiago Neves e Washington bateram (muito) mal suas penalidades. Os batedores da LDU, mesmo que não chutando da forma mais perfeita, ao menos foram menos displicentes. A LDU é campeã da Taça Libertadores com justiça, mas fica a impressão que a taça passou na mão de todos os tricolores cariocas, mas nenhum foi capaz de segurá-la.