Duas semanas após o presidente da Fifa, Joseph Blatter, ter afirmado que iria “segurar” os documentos que dão conta do polêmico caso ISL, a Suprema Corte de Cantão do Zug, na Suíça, ordenou que a entidade volte atrás e torne públicos os papéis.
Inicialmente, isso seria feito durante a última reunião do Comitê Executivo deste ano, no dia 17 de dezembro, mas houve uma ação legal por parte de uma terceira parte envolvida, o que causou o adiamento por prazo indeterminado.
A polêmica vem porque, de acordo com a “BBC”, os documentos incriminam de forma definitiva tanto o ex-presidente da Fifa e da CBD João Havelange quanto seu ex-genro, o atual presidente da CBF e do COL, Ricardo Teixeira, que teriam recebido alguns milhões de dólares em propinas da hoje falida empresa de marketing esportivo ISL que, na virada do século, era dona majoritária dos direitos de transmissão de todos os torneios da Fifa.
Ainda de acordo com a emissora britânica, em Junho de 2010, ambos admitiram o fato e devolveram o dinheiro com a condição de manter o caso no anonimato. Blatter mantém a postura de inocência no caso, mas há a alegação de que os documentos possam mostrar fatos novos, como o detalhamento dos pagamentos de propinas a altos membros das federações continentais.
A Fifa tem 30 dias para apelar da decisão junto à Suprema Corte Suíça, em Lausanne.