Acusado de assassinar a namorada, o atleta sul-africano Oscar Pistorius, que estava em liberdade condicional, agora tem permissão de viajar para fora do país. A justiça, que havia recolhido o documento, mudou de ideia por não ver motivo na proibição.
“Não encontrei nenhum motivo que ele deva ser proibido de sair do país para competir no exterior. É um atleta profissional. Precisa de seu passaporte para competir”, disse o juiz Bert Bam, que analisou o recurso de Oscar, que não compareceu à audiência.
Para a condicional, concedida na última sexta-feira (22), o atleta precisou desembolsar cerca de R$ 200 mil. O passaporte estava há um mês recolhido pela Alta Corte de Pretória, que também vetou seu retorno à sua residência, local do assassinato, e que conversasse com vizinhos, tidos como testemunhas. O recordista paraolímpico também precisou passar por testes de uso de drogas e álcool periodicamente, ato que sua defesa também tenta eliminar.
O caso segue, e a defesa de Pistorius alega que o assassinato só aconteceu porque o acusado pensou que quem estava em sua casa fosse um ladrão, enquanto a promotoria alega que tenha sido um assassinato premeditado. Segundo o promotor Gerrie Nel, a probabilidade de que Oscar receba uma pena longa é bastante provável.