Ídolo do Vasco, o meia Juninho Pernambucano até se esforçou para disputar a atual edição do Campeonato Carioca, mas acusou o cansaço e nesta segunda-feira (03), em entrevista coletiva concedida em São Januário, anunciou que está pendurando as chuteiras.

“Não tenho muito que falar, só agradecer. Resolvi parar porque depois da última lesão eu tinha decidido parar. Me recuperei e fui convencido a fazer a pré-temporada para tentar voltar a jogar no Carioca, até pela possibilidade real de uma conquista. Mas chegou a hora”, declarou o Reizinho.

“Se o Roberto (Dinamite) parou, o Romário, Zico, não teria como este dia não chegar. Convivi sendo o vovô do time. Eu sempre brincava porque no dia a dia era o mais velho, mas na escola para buscar meus filhos era o pai mais novo. Mas no futebol não dá para se divertir. Fiz sempre com amor e paixão e também com muita responsabilidade”, acrescentou o agora ex-jogador, de 39 anos, que durante a coletiva não escondeu a emoção do momento.

Juninho teve uma primeira “era” vitoriosa pelo Vasco, entre 1995 e 2001, com a conquista dos títulos da Taça Libertadores de 1998 e do Campeonato Brasileiro de 1997 e 2000. Embora nas duas últimas passagens (2011-2012 e 2013) não tenha dado uma volta olímpica sequer, o meia se tornou um dos maiores ídolos da história do clube.

E não foi apenas no Vasco que o atleta marcou época. Ele também é lembrado pela torcida do Sport, pelo qual foi revelado e foi campeão estadual e da Copa do Nordeste de 1994, além de ter liderado o Lyon no inédito heptacampeonato francês, de 2002 a 2008.

Pela Seleção Brasileira, Juninho atuou em 64 partidas, entre elas três da Copa do Mundo de 2006, na qual marcou um dos gols da vitória sobre o Japão por 4 a 1, ainda na primeira fase.


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Juninho diz que 'chegou a hora' e oficializa aposentadoria