Um, dois, três, testando… Em resposta às critícas aos juízes por parte do Corinthians, o Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo (Safesp) decidiu também vigiar de perto os jogadores do Timão.
O presidente da entidade, Sérgio Corrêa da Silva, solicitará uma autorização ao STJD e à Comissão Nacional de Árbitros para que os juízes e bandeirinhas possam entrar em campo com um gravador portátil no bolso do uniforme nos jogos do time do Parque São Jorge.
"O Corinthians tem todo o direito de utilizar os recursos eletrônicos para defender os seus interesses. E os árbitros e assistentes também podem agir da mesma forma. Desta maneira, a verdade sempre aparecerá, e todos saberemos quem a terá, se o atleta ou o árbitro", explicou Sérgio Corrêa.
A medida é uma resposta à decisão da diretoria alvinegra de utilizar quatro câmeras para perseguirem o árbitro Wágner Tardelli na partida deste fim-de-semana, contra o Atlético-PR. A iniciativa veio após as reclamações dos atletas corintianos de ofensas do juiz Edilson Pereira de Carvalho contra os argentinos Tevez (foto) e Sebá na derrota diante do São Paulo, no último dia 7.
<b>Carlitos pode ser processado</b>
O Sindicato ainda deve processar o jogador Tevez por discriminação contra as assistentes do jogo contra o Tricolor. "Deveríamos ter dois homens em um confronto como este. Eles têm mais pulso em situações de tensão", disse o argentino à imprensa logo após a derrota.
"Em nosso ponto de vista, esta é uma declaração discriminatória não só contra as assistentes Ana Paula da Silva Oliveira e Maria Eliza Correia Barbosa, que trabalharam naquela partida, como também para com todas as mulheres que atuam na arbitragem. Portanto, iremos tomar as medias judiciais cabíveis também neste caso", afirmou Corrêa.