Segundo reportagem publicada nesta terça-feira (04) pelo jornal O Estado de S. Paulo, a invasão de cerca de 100 torcedores do Corinthians ao CT Joaquim Grava, no último sábado (01), quase terminou em uma tragédia. De acordo com o diário, a ideia dos vândalos era de quebrar as pernas dos atacante Emerson Sheik e Alexandre Pato, principais alvos dos últimos protestos.
Funcionários do Corinthians que estavam no CT e testemunham a invasão disseram ao jornal que os dois jogadores eram os alvos principais dos torcedores. Os mais exaltados, inclusive, falavam até em matar o camisa 7 do time de Parque São Jorge.
Emerson Sheik e Alexandre Pato são cobrados pela torcida do Corinthians desde o ano passado. Autor dos dois gols da vitória diante do Boca Juniors, em 2012, que garantiu o inédito título da Libertadores ao time paulista, o camisa 11 passou a ser cobrado após postar, em redes sociais, uma foto dando um selinho em um amigo. Já o ex-jogador do Milan é perseguido pela torcida desde cavadinha no pênalti que decretou a eliminação do Corinthians da Copa do Brasil nas quartas-de-final, contra o Grêmio.
Um deles, aliás, chegou a tentar impedir que os vândalos consumissem das bebidas de um chopeira no CT, mas foi reprimido pelos torcedores. “Aqui é tudo nosso”, teria gritado um dos invasores.
Na invasão ao CT do Corinthians, celulares e rádios comunicadores dos seguranças foram roubados, uma faxineira foi agredida, o atacante Paolo Guerrero quase foi estrangulado e o carro do zagueiro Paulo André totalmente danificado.
O Corinthians divulgou uma nota oficial no último domingo (02) dizendo que ajudaria a Polícia Militar e o Ministério Público na busca pelos responsáveis pelo ocorrido. Além disso, o clube chegou a cogitar a possibilidade de não entrar em campo contra a Ponte Preta, em Campinas.