Num roteiro parecido com os das partidas de Fluminense e de Palmeiras na quarta-feira, o São Paulo criou muitas chances de gol diante do Arsenal de Sarandí no Pacaembu, mas aproveitou apenas uma e saiu de campo apenas com o empate em 1 a 1, em jogo válido pelo grupo 3 da Taça Libertadores.

O Flu e o Alviverde também tiveram oportunidades para “matar” suas partidas, mas os cariocas empataram em 1 a 1 com o Deportivo Huachipato no Rio de Janeiro, e os paulistas perderam por 1 a 0 para o Tigre na Argentina.

O Tricolor saiu em vantagem aos 47 minutos do primeiro tempo, com belo gol de Jádson. Mas a alegria da torcida deu lugar à angústia aos três da segunda etapa, quando Benedetto converteu cobrança de pênalti e igualou.

Com o tropeço em casa, o São Paulo se manteve em segundo lugar na chave, com quatro pontos, dois a menos que o Atlético-MG, que ainda nesta quinta medirá forças com o The Strongest em Belo Horizonte e pode chegar a nove.

A partida aconteceu no Pacaembu e não no Morumbi devido à confusão na final da última Copa Sul-Americana, entre o Tricolor e o Tigre, que acarretou em um jogo de punição aos são-paulinos.

Brasileiros e argentinos voltaram a se enfrentar já na próxima quinta-feira, desta vez no estádio Julio Grondona, na cidade de Avellaneda.

O técnico Ney Franco voltou a apostar no esquema 4-3-3, com o trio de atacantes formado por Aloísio, Osvaldo e Luis Fabiano. O único desfalque do Tricolor foi o volante Denílson, que ao logo da semana sentiu dores no joelho e deu lugar a Fabrício.

No Arsenal, Gustavo Alfaro apostou em uma formação defensiva, escalando Lisandro López como volante. No ataque, Lugüercio ganhou a vaga de Benedetto, mas foi substituído justamente pelo camisa 18 no intervalo.

O São Paulo não começou jogando bem, e o Arsenal mostrou quase eram suas pretensões no Pacaembu. Com menos de dez minutos, o goleiro Campestrini já fazia “cera”.

Mesmo tendo a bola na maior parte do tempo, o time da casa só conseguiu ameaçar o adversário aos 11 minutos do primeiro tempo, com Cortez, que tabelou com Jádson e concluiu em cima do arqueiro adversário.

Oito minutos depois, Luis Fabiano enfim deu o ar da graça. Douglas fez o levantamento e o camisa 9 desviou em cima de Cuesta, ficando apenas com o escanteio.

O Tricolor foi melhorando aos poucos e acertou a trave adversária aos 24. Osvaldo passou para Aloísio, que mostrou categoria ao matar no peito e finalizar colocado, carimbando o poste esquerdo.

Único homem de criação na equipe de Ney Franco, Jádson participava de quase todas as jogadas do São Paulo. Na maioria das vezes ele tocava para que algum companheiro chutasse, mas também tentava suas finalizações. Aos 31 minutos, o camisa 10 tabelou com Luis Fabiano e bateu de pé esquerdo, tirando tinta da trave esquerda.

O gol são-paulino ia amadurecendo, e o time acertou a trave mais uma vez aos 39. Após troca de passes na intermediária, Osvaldo encheu o pé da entrada da área e viu a bola beijar o poste direito.

Até que já nos acréscimos, aos 47 minutos, a justiça no placar foi feita. Osvaldo puxou o contra-ataque na esquerda e inverteu para Aloísio, que avançou pela direita, ficou sem ângulo e por isso tocou de calcanhar para Jádson. O meia soltou a bomba e fez 1 a 0.

Mas a vantagem durou o tempo do intervalo e apenas mais três minutos. Cortez cortou cruzamento com o braço dentro da área, e o árbitro marcou pênalti. Benedetto cobrou rasteiro no canto esquerdo, e Rogério Ceni ficou no meio do gol.

O empate animou o Arsenal, que quase virou seis minutos depois, quando Gerlo levantou da direita e o próprio Benedetto cabeceou à direita do alvo.

O próprio camisa 18 voltou a incomodar aos 14, desta vez pegando de primeira depois de cobrança de falta e mandando à esquerda. Logo na sequência, aos 15, Lúcio falhou, Furch pegou a sobra e foi travado no momento certo por Rafael Tolói.

Depois de alguns momentos encurralado na defesa, o São Paulo saiu para o jogo e teve boa chance aos 23. Ganso, que entrou logo depois do gol argentino, tocou para Jádson, que arriscou de fora da área e encobriu a meta por pouco.

Jádson apareceu novamente aos 27, quando recebeu na meia-lua, girou e chutou mais uma na trave de Campestrini. No rebote, Luis Fabiano não conseguiu concluir como queria e mandou para fora.

O que se viu a partir daí foi uma busca desesperada dos donos da casa pelo gol da vitória e praticamente um treino de ataque contra defesa. Aos 32, Ganso encheu o pé, Campestrini pegou mais uma e o ‘Fabuloso’ mais uma vez arrematou para fora na sobra.

Um dos destaques do São Paulo nos minutos finais, Osvaldo aproveitou um erro de posicionamento do árbitro, que cortou ataque da equipe visitante, partiu no contra-ataque e chutou rasteiro para mais uma intervenção do goleiro. Foi a última grande tentativa do Tricolor, que fechou o jogo com 18 finalizações e apenas uma bola na rede.

Os problemas do time de Ney Franco não acabaram após o apito final. Os jogadores deixaram o campo sob vaias, e Luis Fabiano ainda foi expulso por exagerar nas reclamações com o trio de arbitragem.

Ficha técnica:

São Paulo: Rogério Ceni; Douglas, Lúcio, Rafael Tolói e Cortez; Wellington (Cañete), Fabrício (Paulo Henrique Ganso) e Jádson; Aloísio (Maicon), Osvaldo e Luis Fabiano. Técnico: Ney Franco.

Arsenal de Sarandí: Campestrini; Gerlo, Cuesta, Braghieri e Pérez (Ortiz); Lisandro López, Marcone, Carbonero e Rolle (Torres); Lugüercio (Benedetto) e Furch. Técnico: Gustavo Alfaro.

Árbitro: Wílmar Roldán Pérez (Colômbia), auxiliado por seus compatriotas Humberto Clavijo e Eduardo Díaz.

Cartões amarelos: Wellington, Fabrício, Rafael Tolói e Osvaldo (São Paulo); Perez, Campestrini, Benedetto, Rolle e Carbonero (Arsenal de Sarandí).

Cartão vermelho: Luis Fabiano.

Gols: Jádson (São Paulo); Benedetto (Arsenal de Sarandí).

Estádio do Pacaembu, em São Paulo. 


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Jogando no Estádio do Pacaembu, São Paulo perde muitos gols e tropeça no Arsenal