As declarações de Barack Obama sobre seu receio quanto a segurança do futebol americano recebeu rejeição entre os jogadores e técnicos de Baltimore Ravens e San Francisco 49ers, que disputarão neste domingo o XLVII Super Bowl, em Nova Orleans.
“Eu sou um grande fã de futebol, mas eu tenho que dizer, se tivesse um filho, eu teria que pensar muito antes de o deixar jogar futebol”, disse Obama em entrevista à revista “The New Republic”, em sua edição digital.
O presidente americano afirmou estar de acordo com todos que pedem mudanças no esporte, para evitar lesões. Obama admitiu, no entanto, que elas fariam o futebol americano “um pouco menos emocionante”.
O offensive tackle dos 49ers, Alex Boone, admitiu que o esporte é duro, mas não concordou que isso ja exclusividade do futebol americano. “Não acho que seja mais ou menos perigoso que outros”, comentou.
Uma das estrelas da reta final desta temporada, o quarterback Joe Flacco, dos Ravens, foi enfático: “É a profissão que escolhemos”. O atleta garantiu que nunca foi forçado a jogar e nem que outros profissionais atuem pressionados.
O técnico Jim Harbaugh, do San Francisco, preferiu ser irônico para rebater as declarações de Obama. “Se o presidente pensa desta maneira, haverá um pouco menos de concorrência para Jack (filho do treinador), quando ele crescer”, comentou.
A única voz que surgiu em defesa do presidente americano foi o safety Ed Reed, dos Ravens, com 11 anos de experiência na NFL. “Eu gostaria de ajudar no trabalho neste campo (segurança no esporte). Estou de acordo com o presidente Obama. Eu não apoiarei meu filho, embora também não vá sugerir nada, simplesmente direi que já joguei e que não tem porque fazer o mesmo”.