Os oito jogadores do Arsenal de Sarandí detidos ontem à noite por terem se envolvido em distúrbios no estádio Independência, em Belo Horizonte, e agredido policiais militares após a derrota por 5 a 2 para o Atlético-MG, foram liberados hoje para voltar à Argentina após pagarem uma multa (transação penal) de R$ 38 mil.

Os incidentes começaram no campo logo depois do fim da partida, válida pelo grupo 3 da Taça Libertadores. Os jogadores da equipe argentina tentarem agredir o trio de arbitragem e, ao serem contidos pela polícia, iniciaram uma briga generalizada, com troca de chutes e socos.

Já dentro do vestiário e acuados pelos policiais, os argentinos arremessaram cadeiras e atingiram agentes e profissionais de imprensa. Com ajuda de imagens cedidas pela TV, a Polícia Militar identificou oito jogadores que participaram das agressões, que foram ouvidos por um delegado, um promotor e uma juíza na delegacia que fica dentro do Independência.

Eles foram condenados a pagar uma multa de R$ 38 mil ao Ministério Público, dos quais R$ 26 mil serão destinados a instituições de caridade, e os outros R$ 12 mil serão divididos entre dois policiais agredidos e um jornalista atingido por uma cadeira. A tenente-coronel Cláudia Romualdo, que foi alvo de agressão do meia Iván Marcone, não pediu sanção ao jogador.

Segundo o delegado Felipe Dias, as acusações se fundamentaram em “desacato à autoridade”, “lesões corporais” e “danos ao patrimônio”, essa última referente ao vestiário.

O valor da multa acabou sendo emprestado pelo Atlético-MG, já que o Arsenal não contava com a quantia. A dívida deverá ser quitada em até dez dias.


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Jogadores do Arsenal pagam multa com empréstimo do Atlético e são liberados

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