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Durante os anos de 1964 a 1985, o Brasil viveu sobre o regime militar, &eacute;poca em que tudo que desagradasse os militares era proibido ou censurado. Quem n&atilde;o seguia essa cartilha e procurava exibir uma vis&atilde;o politica diferenciada, era perseguido. At&eacute; jogadores de futebol sofreram com a ditadura. O &iacute;dolo do Atl&eacute;tico-MG, Reinaldo, &eacute; um exemplo. O atleta sofreu press&atilde;o do ent&atilde;o presidente da Rep&uacute;blica, Ernesto Geisel, antes da Copa do Mundo de 1978, disputada na Argentina. Conhecido por expor seus pontos de vista, o ex-atacante, que pedia a volta da democracia, foi repreendido pelo presidente em reuni&atilde;o a portas fechadas antes do Mundial. &quot;O presidente me chamou para o seu gabinete e foi direto, em tom militar. Dizia: ‘Quem cuida da pol&iacute;tica &eacute; a gente, voc&ecirc; cuida de jogar futebol. Deixa que da pol&iacute;tica, cuidamos n&oacute;s’&quot;, relembrou. Por&eacute;m, o rebelde Reinaldo n&atilde;o se intimidou e logo na estr&eacute;ia do Brasil no torneio, contra a Su&eacute;cia, comemorou seu gol com os punhos cerrados no ar, imitando o gesto feito pelos Panteras Negras ao subirem no p&oacute;dio na Olimp&iacute;ada de 1968, no M&eacute;xico. &quot;Imitei aquele gesto feito pelos norte-americanos n&atilde;o com uma inten&ccedil;&atilde;o revolucion&aacute;ria, e sim pelo aspecto pol&iacute;tico, em apoio ao socialismo&quot;, afirmou Reinaldo. O problema &eacute; que o artilheiro foi duramente repreendido . &ldquo;A comemora&ccedil;&atilde;o me trouxe problemas porque a comiss&atilde;o t&eacute;cnica era, na verdade, uma comiss&atilde;o militar. Lembro que o Andr&eacute; Richer (diretor de futebol da Confedera&ccedil;&atilde;o Brasileira de Desportos, na &eacute;poca) me chamou e disse que n&atilde;o devia repetir a manifesta&ccedil;&atilde;o, pois ela era meio revolucion&aacute;ria&quot;, confidenciou. No entanto, o goleador n&atilde;o atribui a comemora&ccedil;&atilde;o &agrave; perda da titularidade para Roberto Dinamite durante o torneio. &quot;Eu estava mal fisicamente e acabei ao longo da Copa sendo retirado do time titular&quot;, completou. <b>CONTINUA&Ccedil;&Atilde;O:</b> <a target="_blank" href="http://www.virgula.me/esporte/novo/nota.php?ID=25978">&quot;No Mundial de 1978: Ouviamos tiros da concentra&ccedil;&atilde;o&quot;, conta Le&atilde;o</a></p>


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Jogadores de futebol também sofreram com a ditadura

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