Os jogadores da primeira divisão italiana anunciaram nesta sexta-feira (26) a convocação de uma greve para a primeira jornada da Liga italiana, diante da recusa dos clubes em assinar a renovação do convênio coletivo dos jogadores.
O presidente da Associação de Jogadores Italianos, Damiano Tommasi, anunciou a convocação da greve após três dias de intensas negociações entre as partes para evitar o adiamento do início do campeonato da Liga, previsto para este fim de semana.
“A primeira jornada da Série A não será disputada. Tentamos até o final, mas tudo foi em vão”, afirmou Tommasi em declarações divulgadas pelos meios de comunicação italianos.
A decisão dos jogadores é divulgada depois que a Liga italiana, que inclui os clubes de primeira divisão, rejeitaram as propostas apresentadas tanto pela Federação de Futebol Italiana (FIGC) como pelos próprios jogadores.
A Liga segue negando-se a ratificar um convênio coletivo que exclua as exigências dos clubes italianos com relação ao pagamento do chamado “imposto de solidariedade” pelos jogadores e a absoluta autonomia da equipe técnica na hora de decidir como se desenvolvem os treinamentos dos times.
Em princípio, o principal ponto de discórdia entre jogadores e entidades foi precisamente o artigo 7 do convênio, pelo qual ficava estabelecida a possibilidade de a equipe técnica dos clubes decidir unilateralmente que um jogador deveria treinar separado do resto do elenco.
A este ponto de confronto uniu-se a introdução nos últimos dias do imposto de solidariedade, incluído no último plano de ajuste orçamentário do governo de Silvio Berlusconi e que ainda não foi votado no Parlamento, que contempla taxar com 5% adicionais as rendas superiores a 90 mil euros e com 10% as que excedam os 150 mil euros.
Neste caso, a disputa focava-se em decidir quem deve assumir o custo deste imposto.
De nada serviu a proposta de última hora de Tommasi, apresentada nesta amanhã, na qual se colocava a possibilidade de assinar um “contrato-ponte” até 30 de junho de 2012, o que garantiria a disputa do campeonato e, paralelamente, permitiria seguir negociando as exigências dos clubes.
