O futebol italiano pode não está em seus melhores dias. Um exemplo disso são suas polêmicas fora de campo que atraem mais a atenção da mídia e do público que gosta do esporte. Porém, a Squadra Azzurra sempre soube sair do limbo para se consagrar, ainda mais quando chega uma Copa do Mundo.

Seus últimos dois títulos – 1982 e 2006 – foram justamente em épocas ruins extracampo, com escândalos de manipulação de resultados e poucos jogadores consagrados no elenco, como acontece atualmente.

A campanha da Itália na Copa das Confederações pode não ter sido das melhores (derrota por 4 a 2 para o Brasil na primeira fase e eliminação nas semifinais diante da Espanha, nos pênaltis), mas a Euro 2012 mostrou algo inerente ao futebol italiano: o poder de surpreender.

Longe da surpresa de ficar em último em seu grupo na Copa de 2010 (chave esta que tinha a Nova Zelândia) e ser precocemente eliminado sendo a atual campeã mundial, a Azzurra chegou – mesmo que aos trancos e barrancos – à final do torneio europeu e, se o jogo da decisão (derrota por 4 a 0 para a Espanha), há de se destacar a aplicação nas quartas de final quando venceu nos pênaltis a Inglaterra e, principalmente, o jogo de semifinal, no qual eliminou de forma heroica o muito superior time da Alemanha (2 a 1).

Na Copa, o time do técnico Cesare Prandelli caiu no chamado Grupo da Morte, ao lado de Inglaterra, Uruguai e Costa Rica. Para o treinador, a condição física será fator determinante, por causa das longas viagens que sua delegação fará. Mas se engana quem pensa que só isso trará sucesso aos tetracampeões.

“Ele precisa de muito amor, e precisamos dar isso a ele”, disse Prandelli, referindo-se à sua principal esperança: Mario Balotelli (foto abaixo).

Um dos principais jogadores italianos tem passado por momentos difíceis no Milan. Poucos gols, má fase, racismo e a já conhecida marra do artilheiro. O comandante, porém, sabe dar aquele algo a mais a seus atletas e o caso de Super Mario é só um exemplo. Outro fato que visa unir o grupo é a espera por Giuseppe Rossi, atacante da Fiorentina que sofreu lesão e tem poucas chances de se recuperar a tempo.

“Rossi deve manter a calma. Considerando que eu o conheço, vou esperar até o último momento”, prometeu.

O pensamento agora é ir longe na Copa. Quem sabe o pentacampeonato justamente jogando no país pentacampeão?

“Ter bons pensamentos faz bem, é contagioso. Às vezes funciona, também pode funcionar desta vez”, ponderou.

O fato é que a Itália começará a sua campanha no Mundial jogando em Manaus contra a Inglaterra, em jogo que promete ser um dos melhores da primeira rodada, dia 14 de junho. Seis dias depois, em Recife, tem a Costa Rica, para depois fechar a primeira fase em Natal, jogando contra o Uruguai, dia 24 do mesmo mês.


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Itália na Copa: problemas de sempre se igualam à vontade de vencer

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