O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) terá um “adversário” daqui para frente. Insatisfeitos com a gestão do presidente da entidade, Carlos Arthur Nuzman, oito dos principais clubes brasileiros criaram o Conselho dos Clubes Formadores de Atletas Olímpicos (CONFAO).

 

Pinheiros, Minas, Sogipa, Flamengo, Vasco, Fluminense, Corinthians e Grêmio Náutico União, responsáveis por 77% dos 277 atletas do Brasil, se juntaram para tirar uma parte dos 30% das verbas da Lei Agnelo-Piva do COB.

 

"É uma união para buscar nossos direitos, já que somos os grandes formadores de atletas deste país e temos sido esquecidos e afrontados pela atual gestão do COB", afirmou Sergio Zech Coelho, presidente do Minas e da CONFAO.

 

A distribuição da renda da Lei Piva é feita do seguinte modo: 15% dos R$ 75 milhões são para investimentos no esporte escolar e universitário, e o valor restante é dado 60% para as confederações de cada modalidade e 40% para as despesas do próprio COB.

 

“E nós, que pagamos as contas dos atletas, chupamos o dedo. Isso é insuportável, é um escândalo para o país", desabafou Márcio Braga, vice-presidente da CONFAO e presidente do Flamengo, que recentemente passou por grave crise financeira anunciando o fechamento da equipe de ginástica, que voltou a existir graças a uma parceria com a prefeitura de Niterói.


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Insatisfeitos com o COB, clubes brasileiros criam associação independente

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