Segundo informações reveladas pelo jornal ‘Folha de S.Paulo’ na manhã desta terça-feira (12), Sandro Rosell, presidente do Barcelona, foi acusado formalmente na 8ª Vara Criminal de Brasília por se beneficiar ilegalmente de um contrato sem licitação e também por utilizar um documento falso para organizar o amistoso da seleção brasileira contra Portugal, em 2008, no Estádio Bezerrão.

Dono da empresa Ailanto, que foi contratada pelo governo do Distrito Federal sem licitação alguma para organizar o jogo e recebeu R$ 9 milhões pelos trabalhos, Rosell, caso seja condenado, pode pegar até oito anos de cadeira.

Além de Rosell, José Roberto Arruda, governador do DF naquela época, também foi indiciado e os dois já foram denunciados na esfera civil para que devolvam o valor recebido. Vale lembrar que a Ailanto, de Rosell, é ligada ao ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira, que na oportunidade recebeu cerca de R$ 700 mil dos sócios da empresa.

Em entrevista ao jornal paulista, Antenor Madruga, advogado de defesa de Sandro Rosell, disse que a denúncia feita contra ele é ‘irresponsável e vergonhosa’. 

“O governo contratou porque a Ailanto tinha o direito sobre o jogo. É uma questão de propriedade, não é porque ela tinha capacidade. Ou comprava os direitos ou o jogo não aconteceria”, explicou Madruga. “É indiscutível que o Sandro, a Bonus (outra empresa de Rosell sendo investigada) e, por consequência, a Ailanto tinham capacidade. O jogo foi um sucesso”, completou.

Dos R$ 9 milhões recebidos, Rosell transferiu R$ 1 milhão para sua conta pessoal na Espanha, e a Receita Federal brasileira investigando o caso e novas denúncias podem surgir nos próximos dias.


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Indiciado no Brasil, presidente do Barcelona pode pegar até oito anos de prisão, diz jornal