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Gustavo Kuerten, o Guga, anunciou no início do ano que esta seria sua última temporada como tenista profissional. No Brasil Open na Costa do Sauípe, Bahia, o atleta se despediu, entre choros e declarações, da torcida brasileira. A importância de Guga é enorme para o esporte brasileiro, que levou um esporte de elite para a mídia nacional, conseguindo ser o melhor do mundo.

"Ele é um dos esportistas mais bem sucedidos da história do país. Em termos de mobilização nacional, popular, os três maiores esportistas da história brasileira são Pelé, Ayrton Senna e Guga’, avalia André Kfouri, colunista do jornal <i>Lance</i>.

O fenômeno Guga vai além do que ele mostra em quadra. Quando surgiu, em 1997, conquistando o tradicional torneio de Roland Garros, o tenista de jogo agressivo e roupoas coloridas agradou ao mundo, e aos brasileiros, com sua humildade. "O Guga é ídolo porque ele é uma pesssoa simples, humilde. Não mudou de caráter com a fama’, diz o jornalista Jorge Kajuru.

A ex-jogadora de basquete Paula também concorda com André. "Pra mim os três maiores ídolos da história do esporte brasileiro são Pelé, Senna e Guga. Guga, pela humildade, foi um ícone. Ele é um exemplo do esporte para o país."

Se o exemplo e história de Guga foram positivas, sua despedia das quadras tem um duplo sentido negativo.
"É triste um atleta não escolher quando parar. Ele foi forçado a parar de jogar por causa das lesões. Mas já fez muito pelo país e já está marcado na história", lembra Paula.

O outro significado negativo da saída de Guga é mais estrutural, e por isso mais preocupante. "O mais triste nessa história da aposentadoria do Guga é que ele sai do tênis como ele entrou. O tênis no Brasil continua o mesmo, não mudou nada, de antes dele", analisa Kfouri.

A aposentadoria de um ídolo brasileiro foi anunciada. Que venham mais Gugas, Pelés e Sennas. Mas que, principalmente, venha a estrutura para que esses ídolos não sejam ilhas de exceção.

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Ídolo nacional, Guga pode ser comparado a Pelé e Senna

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