Maior ídolo da história do futebol argentino, o ex-jogador Diego Maradona concedeu uma entrevista coletiva neste sábado (31), antes de disputar uma partida de showbol na cidade de General Alvear, nas proximidades da capital de Mendoza, na Argentina, e disparou contra AFA (Associação do Futebol Argentino). Apontando um suposto esquema de máfia envolvendo a seleção de seu pais, ele afirmou que o futebol local está morrendo lentamente.
“Há uma máfia dentro da seleção que eu não quero. Quero transparência, mas para o jogador de futebol. Não quer ir para a roubar dinheiro, eu quero ser campeão mundial com a Argentina e que os jogadores tenham o que merecem”, disse Maradona, que aproveitou para cutucar Julio Grondona, presidente da AFA e responsável pela demissão do argentino após a Copa de 2010, na África do Sul. “Você pode não ter a Grondona por 700 anos, com uma idade não se deixar ter outra idéia e Humbertito Grondona, que não sabe bater na bola e ainda sim quer ensinar as crianças brincar”, completou.
Receoso com a disparidade econômica entre clubes de futebol na argentina, Maradona diz temer a queda do esporte em seu país por questões econômica e pede o corrupção na modelidade.
“Hoje o futebol argentino está morrendo pouco a pouco e, infelizmente, há clubes que estão morrendo economicamente e chegará o momento que alguém terá que decidir parar de roubar e resolver jogar bola”
Além de falar sobre o futebol de seu país, Maradona aproveitou para apontar o Brasil como o grande favorito ao título da Copa do Mundo de 2014. Criticando os europeus, o Pibe nem sequer citou a seleção de seu país.
“O Brasil não terá adversários no Mundial. Vimos na Copa das Confederações que os europeus têm um baixo nível quando jogam aqui”, explicou, referindo-se à vitória brasileira sobre a Espanha, por 3 a 0.
Cotado para assumir o comando da seleção do Iraque, que acabou acertando com o sérvio Vladimir Petrovic, Maradona está sem treinar um time desde 2012, quando dirigia o Al Wasl, dos Emirados Árabes Unidos.
