Após uma grave crise de hénia de disco que o deixou hospitalizado por dois dias, o treinador do Santos, Muricy Ramalho, afastado do trabalho pelos médicos, esteve em visita ao CT Rei Pelé nesta sexta-feira e aproveitou para falar sobre sua situação.
De cara, ele fez questão de tranquilizar a torcida, que começou a temer por sua ausência no Mundial de Clubes, em dezembro: “tive medo de precisar fazer cirurgia. Seria complicado, o prazo de recuperação é assustador, pensei logo no Mundial. Só que nem quero voltar mais lá (hospital)”, afirmou o técnico, que bateu o martelo: “devo voltar ao comando do time aos poucos e vou estar lá no Japão sim”.
Por “aos poucos” leia-se “nas próximas semanas”, já que, para o jogo deste sábado, contra o Atlético-PR, ele ainda fica de fora – time será comandado pelo auxliar técnico Tata.
“Estou fazendo o que os médicos pediram: repouso e remédio e nem podia estar aqui hoje. Mas, como é a fase final de planejamento para o Mundial, a opinião do técnico é importante. Pode ser que, em viagens longas no Brasileiro, eu não vá”, afirmou o técnico, que espera ser liberado para os treinos na próxima semana.
O problema de saúde o deu tempo para pensar. Habitualmente ranzinza e mau-humorado, se preocupou ao saber que a origem do problema era emocional. Ou seja: seu estresse colaborou – e muito – para o quadro. “Foi um aviso. Tem muito haver com o stress. Preciso saber administrar, cuidar, para fazer durar mais a carreira. Só que não vou até as últimas não. O dia que achar que é para acabar vou parar. Só que não é agora. Ainda vou me cuidar para ganhar mais títulos”, afirmou Muricy.