Um dos esportes mais praticados nos colégios, o handebol, perde espaço quando os alunos chegam à faculdade e principalmente nas categorias adultas nos clubes. A falta de incentivo ainda pode ser apontado como um fator para o fato, mas para mudar esse cenário o esporte está se aliando cada vez mais à educação.

Prova disso é a Liga Petrobrás masculina, que começa na próxima quinta-feira. A nona edição da competição — e primeira a receber o nome da principal patrocinadora — conta com dez equipes, sendo nove delas vinculadas à alguma instituição educacional.

"Há um hiato entre o colégio e a Universidade e é isso que queremos mudar", contou o presidente da Confederação Brasileira de Handebol, Manoel Luiz Oliveira, ao <b>Virgula Esporte</b>. O dirigente refere-se à queda do número de praticantes ao término do Ensino Médio.

A parceria entre o handebol e as Univerisdades é o ponto de equilíbrio procurado pela Confederação para aumentar a sua prática e, principalmente, mantê-lo. "Hoje temos nove universidades conosco. Nossa intenção é unir a educação ao esporte e assim haverá mais gente procurando o handebol", afirmou o presidente da CBHb.

Bolsa de estudo universitária é um dos principais incentivos para os atletas terem uma formação superior, pois poucos deles vivem exclusivamente da renda obtida com o handebol.

"Não dá para viver só do handebol", confirmou o ponta-esquerda Rogério Costa, do Pinheiros. Formado em Educação Física, o atleta de 28 anos veio ano passado do Rio de Janeiro para São Paulo. "Não podemos dizer nem que é um salário e, sim, uma ajuda de custo", completou sobre a situação em que vive a grande maioria dos jogadores brasileiros.

<b>Liga Masculina 2005</b>

A Liga Petróbras Masculina 2005 contará com 10 equipes, que jogarão entre sim em turno e returno. Os quatro melhores se classificam para as semifinais. Os vencedores disputam às finais em 27 de novembro e 4 de dezembro.

A nona edição da Liga, que se inicia nesta quinta-feira, 11 de agosto, tem a Metodista como maior vencedora. A equipe de São Bernardo só não foi campeã em 2003, quando perdeu na decisão para o Imes/ São Caetano.


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Handebol se alia à educação para crescer