Pela primeira vez em todas as categorias femininas, o Brasil termina um Campeonato Mundial na nona colocação. O feito foi confirmado neste sábado pela Seleção Júnior que venceu o Japão por 30 a 24 (13 a 12 no primeiro tempo) na competição realizada na República Tcheca. Para se ter uma idéia do crescimento da modalidade no país, no último Mundial, disputado em 2003, na Macedônia, o Brasil havia terminado na 15ª colocação.
Após a partida, o técnico Robson Andrade estava eufórico com o resultado, mas lamentou a derrota por dois gols (32 a 30) para a Croácia que poderia ter colocado o Brasil entre os sete primeiros colocados. Nós estamos muito felizes e satisfeitos. Este é o melhor resultado brasileiro em todas as categorias e o melhor foi terminar a competição com uma vitória. Nosso time é uma grande promessa. Claro que lamentamos muito a derrota no jogo para a Croácia, mas estávamos com má sorte naquele dia, afirmou o treinador, que não deixou de agradecer a recepção que tiveram na República Tcheca. As garotas aprenderam muito e amaram este lugar. Tivemos uma preparação perfeita e gostaríamos de agradecer os torcedores tchecos, concluiu.
Neste sábado também outras posições foram definidas: A Croácia venceu a Polônia por 38 a 30 (18 a 14) e garantiu o sétimo lugar. Já a Seleção de Angola passou pela República Tcheca por 36 a 22 (18 a 9) e ficou com a 15º colocação. Ainda hoje, Dinamarca e Sérvia e Montenegro lutam pelo quinto lugar e Lituânia e China brigam pela 13ª colocação. No domingo, Rússia e Noruega decidem o título da competição.
Seleção Adulta Se a base vai bem, no adulto a situação é ainda melhor. Como preparação para o Campeonato Mundial que será disputado em dezembro, na Rússia, a Seleção Feminina participa de um quadrangular na Hungria contra potências do continente europeu. Após perder para a Hungria por 27 a 22, na quinta-feira, o Brasil venceu a Romênia por 32 a 29, na sexta, e neste sábado, em uma partida muito equilibrada, as brasileiras arrancaram um empate por 24 gols contra a Polônia.
Os bons resultados não surpreenderam à comissão técnica do Brasil, comandada pelo espanhol Juan Oliver Coronado. Fizemos bons jogos nessa excursão pela Europa, testamos diversas opções defensivas e ofensivas e tivemos um desempenho satisfatório. Jogamos contra equipes fortes que trouxeram suas forças máximas. Nós, ao contrário, tivemos alguns desfalques por conta de contusões e problemas com liberação de jogadoras que atuam fora do Brasil. Mesmo assim, as jogadoras suportaram bem o ritmo forte de jogo, não desistiram mesmo quando estávamos atrás no placar, e isso é o que importa, disse o treinador.
Outro fator importante no estágio brasileiro foi enfrentar a Hungria, adversário de estréia do Mundial. Foi importante conhecermos de perto a força do nosso adversário na primeira rodada do Mundial. Apesar da derrota (27 a 22), jogamos bem, perdemos em detalhes que temos que corrigir como o passe e os arremessos precipitados. Além disso, vamos trabalhar muito na parte tática para acertar tudo até dezembro, afirmou o treinador que em outubro deve levar a Seleção para a Espanha, seu país de origem, para mais uma excursão com duração de 10 dias.