O volante argentino Pablo Guiñazú garantiu que acertar com o Vasco, clube marcado recentemente por problemas administrativos e financeiros, acabou sendo uma decisão tranquila, por tudo o que foi apresentado pelos dirigentes.

“Confio muito nas pessoas que foram me contratar e no projeto que existe para o clube. O Vasco já brigou por títulos nos últimos anos e vem se reestruturando. É um clube de tradição e torcida incríveis”, disse o jogador, apresentado oficialmente na última quarta-feira (24), em entrevista à Agência EFE.

O volante volta ao país depois de jogar seis anos pelo Internacional, onde foi campeão da Taça Libertadores de 2010, e de uma passagem relâmpago pelo Libertad do Paraguai no primeiro semestre.

Guiñazú explicou que, além de jogar em um grande clube, a ideia de trabalhar novamente com Dorival Júnior, que o comandou no Colorado e recentemente foi contratado pelo Vasco, o incentivou a retornar ao futebol brasileiro.

“Sempre foi um cara que me tratou muito bem e ajudou bastante dentro do Inter. Tem tudo para dar certo”, explicou o argentino, que trabalhou com Dorival – que pediu sua contratação pelo Vasco – entre 2011 e 2012.

O atleta aproveitou para explicar como aconteceu sua saída do time gaúcho, no início deste ano, em um processo de reformulação feito pela diretoria colorada. Na época, times brasileiros se interessaram, mas Guiñazú admite que a escolha pelo time paraguaio era natural.

“Eu tinha comigo que iria voltar ao Libertad, até pela grande relação de amizade que fiz com o presidente, por ter muitas pessoas de quem gosto no clube, por ter vivido grandes alegrias, além de gostar bastante da cidade e do povo. Então senti que precisava voltar e tinha a grande oportunidade de disputar a Libertadores”, afirmou.

O volante, conhecido pela forte marcação e pela garra em campo, garantiu que pretende conquistar a torcida cruzmaltina sem mudar seu estilo.

“Vou continuar da mesma forma, trabalhando e lutando muito, com bastante de dedicação, esforço, o máximo de empenho. Isso que fiz na minha carreira inteira e deu certo até agora. Não tenho motivos para mudar minha forma de ser”, disse.

Como o Vasco tem outros três estrangeiros no elenco – o colombiano Santiago Montoya, o peruano Yoshimar Yotún e o equatoriano Carlos Tenorio -, a presença do argentino estoura o número máximo de jogadores de fora do Brasil em campo permitido pela CBF (três). Mesmo assim, Guiñazú não vê urgência para se naturalizar brasileiro.

“É algo que depende mais do clube. Acho que o processo não é tão rápido, mas se o Vasco achar que pode ser bom, podemos conversar”, garantiu o volante.

El Cholo, como o argentino era conhecido no Rio Grande do Sul, disse que tem grande expectativa jogar em São Januário como mandante, tendo a torcida cruzmaltina ao seu lado.

“Sempre foi muito difícil enfrentar o Vasco em São Januário. É um lugar que coloca pressão no adversário. Quando está cheio, a torcida empurra demais o time. Jogar aqui é um desafio muito grande, preciso demonstrar o meu valor para conquistar o torcedor”, disse.

O volante disse ainda que não conversou com Alejandro Sabella, técnico da seleção argentina, sobre seu retorno ao Brasil, mas afirmou que continuará lutando para estar nas convocações para defender seu país, como vem acontecendo nas Eliminatórias e em amistosos.

“Ainda sonho com a Copa do Mundo, e jogar no Brasil será muito bom. O Campeonato Brasileiro é um dos mais fortes do mundo, todos assistem e sabem o que está acontecendo”, concluiu.


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Guiñazú esquece problemas do Vasco e comemora reencontro com Dorival Júnior