Diego Maradona voltou nesta quinta-feira a alimentar a polêmica contra o presidente da Associação do Futebol Argentino (AFA), Julio Grondona, ao revelar que o dirigente avisou aos atletas que não haveria exame antidoping na repescagem para a Copa do Mundo de 1994, contra a Austrália.

“Grondona nos disse uma semana antes que poderíamos consumir a substância que quiséssemos porque não seriam realizados exames antidoping”, declarou Maradona, em declarações à emissora “Rádio Metro”, de Buenos Aires, sem citar nomes dos possíveis dopados.

“Não sei quem tomou. A única coisa que sei é que eu fiquei caminhando com Claudia (esposa do ex-jogador) até as 8 da manhã por toda a Austrália e que também houve vários jogadores que não conseguiram dormir, não sei o porquê”, acrescentou ‘El Pibe’.

Maradona revelou ainda que os atletas estavam cientes de que consumiram um “café turbinado” e disse que está disposto a conversar caso algum ex-companheiro de seleção tente desmenti-lo.

“Os que quiserem discutir comigo sabem onde moro. Que eles não se façam de (Madre) Teresa de Calcutá, porque quando tiveram que cobrar o prêmio pela classificação, usaram o carro mais rápido que encontraram”, disparou.

Grondona, que além de presidente da AFA é vice-presidente da Fifa, disse esta semana que chegou a um acordo com a Austrália para que não houvesse exames antidoping nas partidas disputadas em Sydney e Buenos Aires em 1993 para proteger Maradona.


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Grondona avisou jogadores que não haveria antidoping em 1993, diz Maradona