O verão parece que finalmente deu as caras na Europa e a Fórmula GP2 deve enfrentar, durante a rodada dupla da Hungria, o fim de semana mais quente do calendário até agora. Nesta quinta-feira, a temperatura ambiente em Hungaroring chegou a 37 graus e acionou o sinal amarelo para equipes e pilotos. O calor está insuportável. Haviam me avisado que aqui costuma ser assim mesmo, mas o negócio é pior do que eu imaginava, espantou-se Xandinho Negrão. Segundo a meteorologia, as condições climáticas permanecerão as mesmas nos próximos dias.
Até então, o verão ainda não havia golpeado a categoria com a força esperada, nem mesmo em locais habitualmente tórridos como Hockenheim. Além de cuidados redobrados com a refrigeração do motor e do sistema de freios, as equipes terão de tomar precauções com o consumo de pneus. A Bridgestone trouxe um composto mais mole e, por isso, vamos ter de prestar bastante atenção com o desgaste. Mas, de qualquer forma, é um problema que afetará a todos de maneira igual, observa o piloto da Hitech Piquet Sports.
Nesta sexta-feira, os 24 carros entrarão na pista para uma sessão de treinos livres de 30 minutos, às 4h30 (Brasília), e para a tomada classificatória, às 10h30. A adaptação de Xandinho a um circuito desconhecido deve ser complicada pelas péssimas condições de aderência características do primeiro dia de atividades em Hungaroring, autódromo pouco utilizado ao longo do ano. Não pude fazer o reconhecimento do traçado de scooter porque a pista estava fechada. Mas, mesmo de fora, já dá para perceber que o asfalto está muito empoeirado, constatou.
As duas corridas uma no sábado e outra no domingo encerram a maratona de quatro eventos e oito provas em julho. A categoria entrará em recesso por três semanas e só voltará a se apresentar nos dias 20 e 21 de agosto, na inauguração do Istambil Speedpark, no Grande Prêmio da Turquia. Xandinho acredita que as posições de largada serão importantes, em função das limitadas dimensões de Hungaroring que tornam ultrapassagens quase impossíveis. Mas diz que a consistência pode ser tão decisiva quanto um bom treino classificatório. Até por causa do forte calor, quem não tiver problema de quebra pode chegar bem.