Um tribunal britânico negou nesta sexta-feira (2) a compensação por danos morais que o jogador galês do Manchester United Ryan Giggs reivindicava ao jornal “The Sun” por divulgar uma suposta aventura amorosa.
Giggs, de 38 anos, se beneficiou em abril de 2011 de um mandato judicial para evitar a difusão de informações sobre sua suposta relação com a modelo Imogen Thomas, uma aventura extraconjugal que o jornal sensacionalista havia divulgado sem citar o nome do jogador.
Apesar do mandato judicial e do fato de que o tabloide não o mencionava diretamente, Giggs foi amplamente apontado nas redes sociais como o protagonista da história publicada pelo jornal pertencente ao grupo de Rupert Murdoch.
Durante a audiência na qual o jogador acusou o tabloide de ter invadido sua privacidade, em 21 de fevereiro, o veterano meia aceitou finalmente ser nomeado publicamente como o jogador que tinha pedido uma ordem para proteger sua identidade.
Seu advogado, Hugh Tomlinson, argumentou que o “The Sun” fez um “mau uso” da informação sobre a vida pessoal do jogador, apesar de que em seu artigo o nome de Giggs não era citado.
O representante legal do meia ressaltou que a notícia que o jornal publicou gerou uma “enorme tempestade midiática” em torno da vida privada de seu cliente.
Por sua vez, Richard Spearman, advogado da News Group Newspapers, editora do tabloide, ressaltou que o texto que narrava uma relação sentimental entre a modelo e um jogador do Campeonato Inglês não identificava Giggs em nenhum momento.
A companhia argumentou que o comportamento do “The Sun” foi “adequado” e que o jornal não é responsável pelas consequências da publicação do artigo.
Após escutar as partes, o magistrado Michael Tugendhat comunicou em uma sentença manuscrita sua decisão de “negar qualquer medida compensatória” ao jogador.
