O ex-jogador e hoje deputado federal Romário (PSB-RJ), resolveu comentar publicamente as acusações do deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), que quer uma nova CPI para investigar a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e seu presidente, Ricardo Teixeira, a respeito da organização da Copa-2014.
O baixinho afirmou que irá apresentar um requerimento na semana que vem a fim de convidar Teixeira a explicar as “sérias acusações” apresentadas por seu colega. Para ele, um esclarecimento na comissão bem mais positivo que uma CPI – ainda que os rumores de sua instalação sejam cada vez mais fortes.
“Dependendo do que ele responder, a CPI pode não ter nenhum motivo [de ser instalada]. Se a resposta não for convincente, a gente terá mais que nunca a certeza da necessidade dela”, afirmou Romário.
A polêmica se iniciou após Garotinho, em discurso na Câmara, afirmar que Teixeira é “chefe de uma quadrilha que assalta os cofres públicos”, defendendo a instalação de uma CPI para investigar supostas “denúncias de irregularidades da composição societária do Comitê Organizador Local; no critério de divisão dos lucros da Copa e nos acordos firmados entre a CBF e as redes de tevê e patrocinadores”. Há alguns meses, o contrato societário do COL colocava Teixeira como dono de 99% da participação e a CBF como 1%, o que causou grande polêmica.
Escolado pela CPI da CBF/Nike de 1999, Teixeira tratou de promover sua auto-defesa e conversou com o PR, partido do autor do requerimento, em uma tentativa de barrar a intenção. “Ricardo Teixeira veio dizer ao PR que não é um bom momento para abrir uma CPI enquanto o país organiza uma Copa. O partido decidiu que vai liberar os deputados para decidirem como quiserem. Nem vamos incentivar a CPI, nem vamos punir quem for a favor”, disse o líder do PR, Lincoln Portela (MG).