Apontado como principal candidato para vestir a camisa 10 da seleção na Copa do Mundo de 2014, no Brasil, e prestes a fazer a primeira partida oficial pela seleção, o meia Paulo Henrique Ganso se comparou nesta quinta-feira a Rivaldo, que usou o número na conquista do pentacampeonato, em 2002.
“Meu futebol é parecido com o do Rivaldo. Temos um estilo mais clássico de jogar futebol e, também, pelo fato de que nós dois somos canhotos”, afirmou Ganso em entrevista coletiva no hotel em Campana, onde a equipe do técnico Mano Menezes está concentrada para a disputa da Copa América.
O herdeiro da camisa 10 disse também que seus jogadores favoritos nessa posição são Pelé, Zico e Kaká, além do francês Zinedine Zidane e do argentino Lionel Messi.
E, apesar do grande destaque que vem tendo no futebol nacional, principalmente depois da conquista da Taça Libertadores com o Santos, tentou afastar o rótulo de protagonista da seleção.
“Tenho responsabilidade dupla, uso a 10 no Santos e na seleção, como Pelé, mas não sou o centro das atenções, apenas mais um que quer ajudar. Mano sempre gostou do meu futebol, mas não vou me acomodar e crer que serei sempre titular, porque se fizer isso, perderei a posição”, comentou.
O meio-campo de 21 anos garantiu que se recuperou da recente lesão na coxa direita, que o afastou dos campos por quase dois meses, e disse que está preparado para recuperar o melhor nível na Copa América.
“A expectativa e a responsabilidade são grandes. Se apresentarmos um grande futebol dentro do campo, aliviaremos a pressão”, considerou Ganso, que depois falou com bom humor sobre o atacante Neymar, seu velho conhecido desde os tempos de categoria de base do Santos.
“É um grande garoto, apesar de ter o cabelo um pouco bagunçado, um pouco feio. Sempre nos ajudamos, passamos muitas dificuldades e as superamos juntos. É um irmão”, comentou.
Ganso também falou sobre o suposto interesse do Milan em sua contratação e garantiu que não há negociações momento, mas fez elogios à equipe ‘rossonera’.
“É uma grande equipe da Europa, joga um futebol muito atraente. Quem sabe se mais adiante possa pensar em jogar na Europa, mas agora tenho a cabeça na Copa América. A ideia de jogar na Europa é o sonho de toda criança, de todos os jogadores brasileiros, mas quero que tudo ocorra naturalmente, sem nada forçado”, afirmou.
