<br>As semifinais do Paulistão já estão decididas, e Ponte e Palmeiras, no momento, apenas esperam pela definição do local em que será realizado o primeiro jogo da final (provavelmente o Moisés Lucarelli, em Campinas).
No entanto, um incidente do último clássico São Paulo x Palmeiras não deve sair tão cedo dos noticiários: a confusão que ocorreu no intervalo, quando os atletas do Tricolor tiveram que permanecer no gramado por conta de um gás tóxico que infestava o vestiário destinado à equipe.
A diretoria são-paulina registrou um boletim de ocorrência na polícia e distribuiu ontem um DVD para a imprensa com cerca de vinte minutos exibindo imagens da delegação no vestiário.
Alguns dirigentes do Verdão tentam minimizar a situação: "É uma atitude descabida. Na realidade, o São Paulo armou um circo. Não estou dizendo que não teve o gás. Mas ao término da partida foi ridículo fazer os jogadores irem embora sem tomar banho. Havia totais condições para isso", afirmou o vice-presidente de futebol do Palmeiras, Gilberto Cipullo, que ainda completou: "Não existe situação de partida decisiva entre os clubes que o São Paulo perdeu e não tenha reclamado. Eles não querem é jogar no Palestra".
Declarações como essa podem levar o caso a uma esfera criminal. O vice-presidente de Futebol do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, contou à imprensa que pretende processar o técnico Vanderlei Luxemburgo por insinuar que o gás poderia ter sido atirado pelos próprios sãopaulinos: "Só de uma mente como a dele poderia sair algo tão insano, tão estúpido. Isso é absurdo".
A súmula do árbitro Wilson Luiz Semene relata com detalhes o incidente do intervalo. Caso o Palmeiras seja julgado culpado até a próxima segunda-feira, poderá ter que fazer a final longe do Parque Antartica, dentre outras punições.