Um clássico do futebol mundial decide o torneio masculino dos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo. Brasil e Argentina se enfrentam, as 19h desta sexta-feira (20h de Brasília), dia 15, no Estádio Olímpico Juan Pablo Duarte. Se os confrontos entre os rivais costumam ser quentes, a disputa fica ainda mais acirrada quando está em jogo uma medalha de ouro. O Brasil tentará o pentacampeonato pan-americano.
O Brasil entra em campo com uma dúvida e uma alteração certa em relação ao time que venceu o México por 1 a 0 na semifinal. O zagueiro Irineu substitui Adailton, expulso na semifinal. O atacante Dagoberto, um dos artilheiros do Brasil ao lado de Wagner, com quatro gols, está se recuperando bem do entorse de tornozelo direito e tem boas chances de jogar. O atacante do Atletico Paranaense não participou dos últimos treinos da equipe, fazendo tratamento intensivo, mas fará um teste minutos antes da partida. Se não puder jogar, entra William em seu lugar. "Se a recuperação continuar evoluindo bem, ele vai participar da final", disse o técnico da equipe Valinhos, que não poupa elogios ao atleta. "Dagoberto tem bom poder ofensivo, é inteligente, trabalha bem pelos flancos, serve bem os companheiros, tem boa finalização é muito veloz", afirma o treinador.
O Brasil, que está sendo representado por uma equipe sub-20, está invicto no torneio, não tendo empatado sequer uma partida. Mesmo jogando com adversários de até 23 anos, o Brasil derrotou a Colômbia por 4 a 0 na estréia, depois a República Dominicana por 5 a 0, Cuba por 2 a 1, e o México na semifinal. Mas o treinador brasileiro sabe que quando Brasil e Argentina se enfrentam, não há favoritismo. Por isso, Valinhos tratou de estudar muito bem o rival. "Eles jogam com três zagueiros, dois alas e dois volantes. É um sistema defensivo muito bom, que tenta explorar o erro do adversário e as jogadas aéreas", disse Valinhos. "O ideal é a gente fazer um gol no início, forçando eles a abrir o sistema", explicou.
O último confronto entre Brasil e Argentina nesta categoria foi no Sul-Americano do Uruguai, em janeiro. Os argentinos venceram por 1 a 0 e ficaram com o título. "Nós jogamos melhor e tomamos um gol bobo deles. Fica a lição", lembra o treinador. Mesmo precavido, Valinhos não gosta de valorizar o confronto. "É uma final importante, mas o adversário não importa. Meus jogadores tem que encarar a Argentina como qualquer outra equipe. Temos que fazer o nosso trabalho bem feito", completa José Claudinei Georgini, que carrega como apelido o nome de sua cidade natal, no interior de São Paulo.
Valinhos está confiante e acredita na vitória brasileira, porém, acha que a participação do futebol brasileiro nos Jogos Pan-Americanos já esta marcada em seus atletas. Valinhos destaca a integração entre seus jogadores e os atletas de outras modalidades. "Está sendo uma experiência muito valida, um marco na carreira dos meninos. Convivendo com outros atletas, eles puderam perceber o valor que tem a conquista de uma medalha para o Brasil. Muitos deles poderão ser aproveitados no pré-olimpico, em janeiro do ano que vem", afirma o treinador brasileiro.

Equipe brasileira – Fernando Henrique, Coelho, Gabriel, Irineu e Leandro; Wendel, Dudu, Diego e Cleiton Xavier; Dagoberto (William) e Wagner.


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Futebol pronto para tentar o penta