Há quem diga que o futebol moderno é chato, que não tem mais a mesma paixão de antigamente. Há quem diga que o futebol de hoje é puro bussiness, negócio, dinheiro, bufunfa, verdinha, cifras. Muitos torcedores acham inadmissível que seu ídolo jogue no time rival. Dizem que ninguém mais tem amor à camisa. Será que eles estão certos? Ou melhor: será que os jogadores estão errados?
Vágner Love, atacante que surgiu no Palmeiras e se tornou ídolo da equipe alviverde, acaba de acertar sua ida ao arquirrival palestrino, o Corinthians. Dez anos atrás ele já havia sido anunciado como camisa 9 do Timão, mas a negociação melou e desde então era motivo de piadinhas sempre que havia uma nova especulação; Réver e Anderson, jogadores que fizeram sua história no Grêmio, farão parte do plantel colorado em 2015.
É compreensível que o torcedor espere que o jogador honre a camisa de seu clube, que jogue com raça, que tenho amor ao time que joga. É totalmente aceitável que o torcedor espere que o jogador tenha carinho e respeito pelo time que o projetou. É também verdade que o dinheiro vem, aos poucos, corrompendo o futebol. É só ver o status que os times do interior tinham até a década de 90 e como eles estão hoje, com a disparidade de dinheiro que os grandes clubes recebem em relação aos pequenos. Futebol é paixão sim, e nunca pode deixar de ser.
Por outro lado, o torcedor precisa entender que jogador é profissional e tem contas a pagar, família pra criar e tudo mais. Eles vivem disso e o lado financeiro com certeza vai pesar nas decisões do atleta, assim como em 100% das outras profissões. Jogador não é, e nem precisa ser, torcedor.
Dito isto, vamos a nossa famigerada lista de “traíras” do futebol brasileiro. Vai doer, eu sei.