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Itália e França, finalistas em 9 de julho da Copa do Mundo-2006, se enfrentarão nesta quarta-feira, às 16h00, no Stade de France de Saint Denis, perto de Paris, na revanche de uma partida vencida pelos azurri nos pênaltis, em um jogo da segunda rodada das eliminatórias da Eurocopa-2008.

E se Zinédine Zidane não tivesse dado uma cabeçada em Marco Materazzi no segundo tempo da prorrogação? E se Zidane não tivesse sido expulso? E se David Trezeguet não tivesse falhado em sua cobrança na disputa de pênaltis? Estas perguntas ainda estão na mente dos torcedores e jogadores franceses.

Porém, os três protagonistas daquela final não entrarão em campo. "Zizou" se aposentou, Materazzi cumpre suspensão por ter provocado o ex-capitão francês e Trezeguet está lesionado.

Lilian Thuram já enxugou as lágrimas, mas as lamentações continuam presentes. "O problema de Zidane e Materazzi nunca deveria ter acontecido", disse o zagueiro.

A lembrança da cabeçada mais famosa dos últimos anos estará presente no Stade de France. O defensor italiano afirmou nesta terça-feira ao jornal La Gazzetta dello Sport que ainda espera as desculpas de Zidane.

Estas palavras podem perturbar ainda mais o ambiente e aumentar a quantidade de vaias aos italianos.

"Esta final, deveríamos ter vencido. Não diria que foi um erro da história. Porém, no campo, a seleção francesa foi melhor. Para resumir: o melhor não venceu naquele dia", lamenta Thuram.

O volante italiano Gennaro Gattuso considera os franceses maus perdedores.

"Quando perdemos a Eurocopa-2000 a dez segundos do final (derrota por 2-1, com um gol de ouro), não criamos toda esta polêmica", disse Gattuso.

"É verdade que estamos acostumados a ser maus perdedores, mas eles são ainda mais. Nisto, a Itália é a segunda, atrás da França", acrescentou o jogador do Milan.

Para a partida desta quarta-feira, os campeões do mundo não parecem estar na melhor forma, ao contrário dos franceses, que levam vantagem neste aspecto, segundo o técnico galo Raymond
Domenech. Os Bleus venceram a Geórgia por 3-0 no sábado.

Os italianos, que agora têm como técnico o ex-jogador Roberto Donadoni, não passaram do empate de 1-1 em Nápoles com a fraca Lituânia.
Thuram, que tem 122 partidas pela seleção da França, um recorde, disse ter ficado surpreso com a atuação da Squadra Azzurra.

No entanto, o jogador do Barcelona acredita que o orgulho dos italianos na partida de quarta-feira os fará jogar de maneira diferente.

"Sei que esperam com impaciência esta partido para provar que são os dignos vencedores, já que os pênaltis não demonstram superioridade. Vão querer demonstrar isto em campo", opinou.


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França X Itália: a revanche dois meses depois da Copa

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