Campeã mundial e europeia, a seleção espanhola mostrou quem manda atualmente dentro das quatro linhas em um campo de futebol, vencendo fora de casa a seleção francesa, por 1 a 0, reassumindo assim a liderança do grupo I das Eliminatórias europeias para a Copa do Mundo de 2014.
O gol da vitória da ‘Fúria’ saiu aos 12 minutos do segundo tempo, feito por Pedro. Com o resultado, a seleção de Vicente del Bosque chegou aos 11 pontos ganhos, ultrapassando assim os rivais de hoje, que tem 10. O vencedor da chave se garante no Mundial do Brasil, enquanto o segundo colocado vai para a repescagem.
A Espanha era líder da chave até a última rodada, quando tropeçou na seleção finlandesa, em empate em 1 a 1, e a França superou a Geórgia, por 3 a 1. Bem mais atrás, com poucas chances de classificação estão Geórgia (4), Belarus (3) e Finlândia (2).
As duas seleções voltam a jogar no dia 6 de setembro pelas Eliminatórias, ambos como visitantes. Os campeões mundiais enfrentarão a Finlândia, enquanto os ‘Bleus’ encararão a Geórgia.
Hoje nas escalações, quem surpreendeu mais foi Didier Deschamps, que voltou a apostar no talento dos garotos Raphael Varane e Paul Pogba, lançando-os na equipe titular. Além disso, o técnico optou por não começar o jogo com dois centroaventes, deixando Olivier Giroud no banco.
Na seleção espanhola, Vicente del Bosque preteriu Fabregas, lançando David Villa como comandante de ataque. Aberto pelos lados do campo foram escalados Pedro e Andrés Iniesta. Com isso, o treinador pode contar com um banco de luxo, não só com o meia do Barcelona, mas com Isco, Juan Mata e Santi Cazorla.
Quando a bola rolou, os donos da casa não levaram nem um minuto para mostrar que não se encolheriam diante dos campeões da Europa e do mundo. Depois do apito inicial, os franceses foram para cima e a bola sobrou para Ribéry, que emendou uma bicicleta com pouco estilo.
A resposta espanhola veio aos 4 minutos de jogo, em bela trama, na qual Xabi Alonso serviu Monreal, que arrancou pela esquerda e cruzou para Xavi, que sozinho na área, isolou na finalização, chutando por cima do gol de Lloris.
Mais 10 minutos e a vez de chegar com perigo foi dos ‘Bleus’. Em contra-ataque puxado por Jallet, pela direita, a marcação não conseguiu acompanhar e o lateral teve liberdade para cruzar para Benzema, que recebeu na entrada da área, mas concluiu mal, por cima do de Valdés.
Depois de tomar dois sustos, a Espanha passou a tocar mais a bola nas zonas intermediárias dos dois lados do campo. O intuito de penetrar na zaga, no entanto, esbarrava na forte marcação francesa, que marcava com 11 jogadores.
Aos 30 minutos, o jogo teve polêmica, com pedido de pênalti, quando Pedro recebeu bom passe na área, partiu para cima do goleiro Lloris, e ao adiantar a bola, reclamou de falta do camisa 1 no choque entre os dois. O árbitro Viktor Kassai deixou o lance correr e depois, na reclamação espanhola, deu cartão amarelo para Xavi.
Indiferente às queixas, aos 38 do primeiro tempo, Franck Ribéry teve a melhor chance de gol do jogo, ao ser lançado pela direita. Cara a cara com Valdés, o atacante do Bayern de Munique tentou tocar por baixo do goleiro, que conseguiu fazer a defesa.
Para os segundo tempo, os dois técnicos optaram retornar com as mesmas formações. E nos primeiros minutos, as duas seleções mostraram que a estratégia de jogo era a mesma, com os espanhois tentando tocar bola e os franceses marcando muito forte para sair em velocidade.
Em uma boa trama, aos 8 minutos, a ‘Fúria’ foi a primeira a ameçar. Pela região central da intermediária francesa, Xabi Alonso e Xavi tabelaram e e serviram Iniesta. O meia do Barcelona bateu forte, exigindo que Lloris jogasse a bola para escanteio.
Quatro minutos depois, os espanhois chegaram ao gol, em lance com participação fundamental de Pedro. O meia-atacante iniciou a jogada com uma bela inversão de bola para Monreal, que teve liberdade para dominar e cruzar para o meio da área, onde o próprio Pedro apareceu como elemento surpresa, se antecipando a Evra e tocando para o fundo das redes.
A França mostrou que tinha poder de reação e teve bela chance para igualar o placar aos 18 minutos de jogo, quando Ribéry fez jogada de pivô e serviu Matuidi, que veio de trás e bateu para o gol. O chute, no entanto, saiu fraco e Valdés defendeu facilmente.
Se na seleção campeã do mundo Jesus Navas já havia substituído David Villa, com Pedro passando a atuar como centroavante, o técnico Didier Deschamps procurou deixar a sua equipe mais ofensiva, colocando, aos 24 minutos, Ménez no lugar de Cabaye.
Foram precisos seis minutos para que a França voltasse a ficar perto do gol. E quem quase marcou foi o zagueiro Varane, queridinho da torcida do Real Madrid, que após escanteio, acabou se enrolando com a bola e tendo chute desviado pela zaga.
Aos 32 minutos, outro dos garotos dos ‘Bleus’ apareceu no jogo, também negativamente. Um minuto depois de levar cartão amarelo, o meia Paul Pogba fez falta dura em Xavi e acabou expulso de campo, deixando sua seleção com um homem a menos em campo.
Com um a menos, Deschamps precisou recompor o meio-campo, com a saída de Benzema para a entrada de Sissoko. Logo em seguida, aos 38, Ribéry enfrentou a zaga espanhola, e finalizou com força, em chute que tirou muitos gritos de gol da arquibancada do Stade de France, mas em que a bola saiu à direita de Valdés.
Logo depois, aos 41, mais uma vez os donos da casa estiveram perto de empatar, quando Evra cabeceou para o gol, após cobrança de falta da esquerda, e o goleiro espanhol fez grande defesa. A arbitragem, no entanto, marcou impedimento de Koscielny, anulando o lance, na última boa oportunidade francesa no jogo.
