O pernambucano Beto Monteiro, com 21 pontos de desvantagem do líder Wellington Cirino, ainda que com possibilidades remotas, se mantém matematicamente na briga pelo título de 2003. O palco já está praticamente pronto. Não é à toa que o Autódromo Internacional de Curitiba, localizado no município de Pinhais, foi quase sempre o escolhido para a prova final do Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck. Essa é a quinta vez que o campeonato termina em Curitiba, quarto ano consecutivo e três com o título em jogo. A 9ª etapa será no dia 7 de dezembro.

Além de uma nova pintura nas arquibancadas, muros e zebras do circuito, o autódromo paranaense necessita de poucas reformas, segundo Roberto Cirino, que além de pai do piloto que disputa o título desse ano, Wellington Cirino, comanda a equipe que chega aos circuitos 30 dias antes de cada etapa da Fórmula Truck. “Aqui em Curitiba é tranqüilo. Já temos uma arquibancada de concreto para 35 mil pessoas além de várias outras áreas para o público. O nosso trabalho é construir os HCs (hospitality centers) que são para mais ou menos 6 mil pessoas”, conta Roberto Cirino.

Assim como foi nos últimos dois anos, Wellington Cirino (Mercedes-Benz) entra na pista em Curitiba para mais um duelo forte na disputa pelo título deste ano. Em 2001 ele venceu o páreo com o paulista Renato Martins (Ford) e no ano passado perdeu para o também paulista Roberval Andrade (Scania). Naquele ano, com 20 pontos de desvantagem, o piloto da cidade de Francisco Beltrão, interior do estado do Paraná, não tinha muita esperança e acabou se contentando com o vice-campeonato. Mas em 2001 ele lembra a emoção de ter a torcida paranaense do seu lado. “Eu ficava emocionado toda vez que eu entrava na reta dos boxes. É muito bom contar com a torcida e principalmente do povo curitibano que é ligado em automobilismo”, lembra Cirino. O paranaense é o atual líder com 138 pontos, com o paulista Djalma Fogaça com 132, seguido do pernambucano Beto Monteiro (Ford) com 117, e que mesmo com possibilidades remotas, matematicamente ainda também pode colocar a mão na taça de 2003.

Wellington Cirino hoje tem uma porcentagem maior de favoritismo de acordo com uma pequena enquête feita entre os que freqüentam os bastidores da Fórmula Truck. Além da vantagem de seis pontos para o segundo colocado, o Mercedes-Benz 1938 de Cirino é apontado com unanimidade como o caminhão mais rápido da categoria. E é sabido que o vice-líder Djalma Fogaça está tendo muito trabalho para deixar seu novo Ford Cargo, estreado na prova anterior em Tarum㠖 RS, em um caminhão competitivo. O Truck que Fogaça guiou nas quatro vitórias deste ano ficou totalmente destruído no mais espetacular acidente da temporada em Interlagos. “Estamos trabalhando duro, mas está difícil chegar no ponto que estávamos com o caminhão antigo. A gente mexe em tudo, coloca as mesmas regulagens do caminhão anterior e não vem o resultado que a gente espera. Está difícil”, lamenta o piloto que nesta semana interrompeu os treinos em Londrina para receber o troféu Capacete de Ouro da Revista Racing. Wellington Cirino ficou com o Capacete de Prata e Beto Monteiro com o de bronze. Djalma Fogaça acha que depois da reação de Cirino vencendo as três últimas etapas, o favoritismo é para o piloto paranaense – “O motor deles é muito forte e em qualquer circunstância ele pode ser considerado favorito. Nós vamos para a briga com espírito de muita combatividade”, alerta Fogaça.


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Fórmula Truck em Curitiba