Atual treinador do clube de Dubai Al Wasl, Diego Maradona afirmou que gostaria de treinar na Itália, onde atualmente não pode voltar porque se sente “perseguido” devido a seus problemas com o Fisco, que lhe cobra US$ 56 milhões.

Em entrevista publicada nesta quarta-feira pelo jornal “Corriere dello Sport”, Maradona lamenta que toda vez que chega a Itália o fazem sentir como “um ladrão” e um “vigarista”.

“Mas eu não roubei nada da Itália e dos italianos, só dei alegria e diversão no futebol”, justificou.

“Eu gostaria de voltar ao país sem me sentir um ladrão e depois poderia pensar em me concentrar no futebol italiano. Não vou negar que gostaria de treinar uma equipe italiana, se esta fosse o Napoli, seria um sonho realizado”, disse.

Maradona afirmou ser “uma injustiça” que na Itália o tenham transformado em “um símbolo da evasão fiscal”, e criticou o fato de terem apreendido seu relógio e um brinco nas viagens que fez a este país.

A dívida do ex-atleta é de US$ 56 milhões, devido ao calote do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) nos anos 80, quando jogava no Napoli, valor que aumenta diariamente US$ 3,92 mil só em juros.

O campeão argentino afirmou que este problema com o Fisco italiano foi culpa de “algum dirigente do Napoli que não avisou a tempo”, pois quando o cobrou ele já estava fora da Itália há seis meses.

Maradona foi além e questionou: “A política italiana que promova uma iniciativa legislativa para restituir serenidade e justiça a mim e a todos os que como eu, que não são poucos, se encontram sob as mesmas condições”.

O ex-craque argentino terminou a entrevista explicando que seu futuro ainda é no comando do Al Wasl, mas que aceitaria o convite para treinar a seleção dos Emirados Árabes.


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Fisco atrapalha "sonho" de Maradona de trabalhar na Itália