Nesta sexta-feira (8), a Federação Internacional de Natação (FINA) fez um pedido formal à Corte Arbitral do Esporte (CAS) requisitando suspensão em caráter de urgência para Cesar Cielo e outros três nadadores brasileiros que foram pegos no exame anti-doping.
A ideia é que o nadador seja impedido de participar do Mundial de Natação, que será disputado em Xangai (China) a partir do próximo dia 24: “A Fina requisitou que as advertências aplicadas pela CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) sejam substituídas por um período de suspensão e que os resultados obtidos desde a realização do exame sejam anulados”, afirmou a CAS, em comunicado.
Desta maneira, Cielo seria obrigado a devolver as três medalhas de ouro do Aberto de Paris, em junho, onde venceu os 50m e 100m livres e os 50m borboleta além do melhor melhor tempo do ano, já que os resultados seriam invalidados. Além disso, estaria impossibilitado de defender os títulos mundiais dos 50m e 100m livres.
“Se todas as partes concordarem com o procedimento acelerado, um calendário será estabelecido para que a decisão tomada pela CAS seja conhecida até o dia 24 de julho. Até lá, a CAS não comentará mais esse caso”, completou o documento. Neste caso, Cielo teria também que concordar com o pedido.
Os nadadores Cesar Cielo, Vinícius Waked, Henrique Barbosa e Nicholas Santos atestaram positivo para o diurético furosemida durante exame antidoping realizado no Troféu Maria Lenk, em maio. Em sua defesa, alegaram a contaminação de um suplemento de cafeína preparado por uma farmácia de manipulação.
Exatamente por isso, ele deve pegar ao menos seis meses de suspensão, já que para a FINA, o uso de produtos manipulados é negligência da parte do atleta. A nadadora Daynara de Paula, por exemplo, foi suspensa por este período justamente por conta de um preparado de farmácias de manipulação e, coincidência ou não, teve detectada furosemida em seu anti-doping.