A comissão médica da Fifa advertiu nesta quinta-feira quanto ao consumo em excesso de analgésicos, que estariam pondo em risco a carreira e, em longo prazo, a saúde dos atletas.
O chefe dos serviços médicos do órgão máximo do futebol, Jiri Dvorak, explicou os malefícios dos medicamentos. “Os analgésicos podem ser particularmente perigosos no esporte profissional. Em exercícios de alta intensidade, como o futebol, os rins se submetem a um contínuo e intenso trabalho, o que os torna vulneráveis às contraindicações deste tipo de remédios”, aponta em relatório.
Um estudo baseado nos dados colhidos durante a Copa do Mundo da África do Sul e publicados recentemente no ‘British Journal of Sports Medicine’, revelou que 39% dos atletas que atuaram no Mundial de 2010, fizeram uso desse tipo de medicamentos.
A Fifa, segundo Dvorak, não pode estabelecer uma regulamentação clara a respeito, já que essa é uma competência da Agência Mundial Antidoping (Wada). Mesmo assim, o órgão futebolístico pretende passar a conscientizar os atletas sobre a ingestão abusiva destes medicamentos.
“Nosso dever é educar médicos e jogadores. Eles precisam entender que se existe dor, significa que algo não está funcionando corretamente e, aos mascarar os sintomas através do consumo de analgésicos, pode estar sendo ocultado algo mais grave”, concluiu o chefe dos serviços médicos da Fifa”.