A torcida pela Seleção Brasileira, que compareceu em massa nesta quarta-feira (19) ao estádio Castelão, em Fortaleza, para assistir ao jogo contra o México, pela segunda rodada do grupo A da Copa das Confederações, viu o clima de festa ser ofuscado pelos protestos nos arredores do estádio.
A cerca de dois quilômetros do palco da partida, uma manifestação que contou com aproximadamente 40 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, tentou entrar na avenida Alberto Craveiro, recém-inaugurada e principal via de acesso ao Castelão. O protesto foi bloqueado por uns cerca de homens da PM, que tiveram apoio da Força Nacional.
Os manifestantes, com pedaços de paus e pedras, e os policiais, com bombas de gás lacrimogêneo, estavam em um clima tenso, enquanto em outra área próxima ao estádio, a torcida era recebida por grupos de forró.
As irmãs Juliana e Leticia Bardi, que viajaram do interior de São Paulo até Fortaleza, viveram momentos de desespero no meio da multidão antes de chegarem ao Castelão.
“Não sei como conseguimos passar. Felizmente a Polícia nos escoltou, além de mais umas dez pessoas que iam para o jogo, e pudemos passar próximas da confusão, o que foi algo terrível”, disse Juliana à Agência Efe.
“Respeitamos a manifestação, é um direito do povo, desde que seja pacífica, mas não podemos descuidar da segurança desses torcedores que vem se divertir em um espetáculo esportivo”, disse o cabo João Lucas, da PM cearense.
A Copa das Confederações está sendo disputada entre 15 a 30 de junho, em seis cidades, em meio aos protestos do povo, que conta com alguns atos de violência.
Os protestos começaram por conta do aumento da tarifa do transporte público em algumas cidades, mas agora os manifestantes têm outras reivindicações, como o fim da corrupção e melhorias em setores como saúde e educação.